O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (31/1) o quinto corte consecutivo de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, fixando-a em 11,25% ao ano. A redução já era amplamente aguardada pelo mercado financeiro.
O novo patamar da taxa é o mais baixo desde março de 2022, quando estava em 11,75% ao ano. A trajetória da Selic foi de 2% em janeiro de 2021 para 13,75% em agosto de 2022, após 12 elevações consecutivas. Entretanto, o Copom iniciou um movimento de redução em agosto do ano passado, com cortes de 0,5 ponto percentual.
A queda dos juros é uma resposta à desaceleração da inflação no Brasil. A taxa de juros é um instrumento crucial de política monetária do Banco Central, sendo elevada para desaquecer a atividade econômica e reduzir preços no mercado, e reduzida para estimular a produção e o consumo.
A principal missão do Banco Central é manter a inflação dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2024, a meta é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Com a inflação estimada em 3,81% pelos agentes econômicos consultados, a decisão do Copom reflete a consistente desaceleração dos índices inflacionários no país.
Os cortes sucessivos da Selic ocorrem em um cenário de inflação em baixa, conforme indicado pelas projeções no Relatório Focus. Há uma expectativa de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) termine o ano em 3,81%, refletindo a tendência de queda nas últimas semanas, quando as projeções estavam mais altas.
Com informações Metrópoles