A morte cerebral do sargento Roger Dias da Cunha, baleado na cabeça na última sexta-feira (5) em Belo Horizonte, foi confirmada no início da noite deste domingo (7). O policial militar foi alvejado na cabeça por um jovem que estava foragido após ser beneficiado pela ‘saidinha de Natal’. Welbert de Souza Fagundes segue preso.
A Itatiaia apurou que a informação já foi divulgada entre os membros da corporação. Por meio de uma mensagem, o Coronel Rodrigo Piassi do Nascimento, que é Comandante-Geral da PMMG, confirmou a morte e lamentou o caso: ‘À família, amigos e companheiros de trabalho, expresso minhas condolências e ressentimento’.
O estado de saúde do sargento Roger Dias da Cunha já era considerado ‘irreversível’, mas, durante este domingo, o policial passou por uma série de exames para que a morte encefálica fosse confirmada. Esses testes incluem exames clínicos e de fluxo sanguíneo, entre outros procedimentos.
Sargento baleado
A ‘saidinha’, como é conhecida a saída temporária, ganhou relevância especial depois que um sargento da polícia militar foi baleado na sexta-feira (5). O suspeito do crime é um homem que estava em saída temporária da cadeia.
Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, é apontado como o responsável por disparar várias vezes à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, na última sexta-feira, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte.
O Sargento Dias passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII – uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria.
Suspeito
Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados contra ele, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.
A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que Welbert não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tivesse apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu nenhum retorno.
A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) emitiu, neste domingo (7), comunicado em que disse ser “lamentável” vincular o ataque a tiros ao policial militar Roger Dias da Cunha à decisão que concedeu o benefício da saída temporária ao suspeito do crime. Segundo a entidade, o caso reflete problemas como a desigualdade social e a existência de uma sociedade “cada vez mais violenta”.
Prisão mantida
Neste domingo (7), Welbert de Souza Fagundes e outro suspeito de participação no crime, Geovanni Faria de Carvalho, de 34, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva, após a realização de audiência de custódia no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.
Itatiaia