Foto: Vinícius Mendonça/Ibama
Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciaram uma paralisação como forma de pressionar o governo por um reajuste salarial.
Em uma carta intitulada “Suspensão das atividades de campo e concentração em tarefas burocráticas internas”, os funcionários afirmam que decidiram adotar a chamada operação padrão devido à falta de respostas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos sobre a reestruturação das carreiras do órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com a CNN Brasil, o ministério comandado por Esther Dweck afirmou em nota que reinstalou uma mesa permanente de negociação com os servidores públicos e que o primeiro acordo fechado é um reajuste de 9% para todos os servidores, incluindo os do Ibama.
A decisão dos servidores de entrar em greve é uma resposta direta à falta de ação e suporte efetivo aos profissionais e às missões críticas desempenhadas pelo Ibama, conforme mencionado no documento divulgado pelos funcionários.
Segundo o texto, todas as atividades externas que dependem de ações de campo, como operações de fiscalização ambiental na Amazônia e em terras indígenas, preservação e combate a incêndios florestais, e atendimento a emergências ambientais, podem ser prejudicadas até que as negociações com o Ministério da Gestão e Inovação sejam retomadas.
A suspensão das atividades externas certamente terá impactos significativos na preservação do meio ambiente. Os servidores atribuem isso aos dez anos de abandono da carreira do serviço público, que sofreu assédio e perseguição ao longo do governo anterior e ainda não foi devidamente valorizada pelo atual governo, de acordo com a carta divulgada.
O Ministério da Gestão também divulgou uma nota afirmando que, no segundo semestre de 2023, iniciou 21 negociações com algumas carreiras e que sete acordos já foram fechados. A recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal é uma prioridade para o ministério, que vem atuando dentro dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal.