Suzane von Richthofen, de 40 anos, deu à luz a um menino na última sexta-feira, no Hospital Albert Sabin, em Atibaia, localizado a 70 quilômetros da cidade de São Paulo. O médico responsável pelo parto foi Felipe Zecchini Nunes, esposo de Suzane e pai da criança, ocupando o cargo de chefe do pronto-atendimento na referida unidade de saúde. Para evitar publicidade ou tumulto, foi organizada uma espécie de “operação de guerra” no hospital.
Suzane, que atualmente cumpre pena em regime aberto de 39 anos de prisão pela morte de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, realizou todo o pré-natal sob os cuidados da obstetra Taís Albrecht de Freitas no complexo hospitalar Santa Casa, localizado em Bragança Paulista, onde o casal reside no interior paulista. No entanto, devido ao reconhecimento e assédio comuns nas ruas da cidade, Felipe optou por transferir o local do parto para o hospital em que trabalha, buscando o apoio da direção para garantir a estadia de Suzane na unidade com absoluto sigilo.
Como foi organizado o esquema de segurança para o parto de Suzane von Richthofen?
A direção do Albert Sabin, por sua vez, também não tinha interesse que seus pacientes soubessem que Suzane esteve lá. Para que a informação não vazasse, houve uma reunião com os funcionários no decorrer da semana para detalhar o esquema rígido de segurança, descrito como inédito para os padrões do hospital. Suzane chegaria na madrugada de quinta para sexta usando um casaco moletom com capuz para cobrir a cabeça. Entraria pelos fundos, acessando um dos laboratórios e passando rapidamente para o quarto 117, que a receberia — script seguido à risca na sexta-feira.
Segundo as orientações repassadas, era expressamente vetado falar com Suzane sobre qualquer assunto que não fosse o parto. Médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem foram ameaçados inclusive de demissão caso descumprissem as determinações. Os funcionários do Albert Sabin também ficaram proibidos de repassar para fora do hospital a informação de que Suzane estava internada lá.
Suzane von Richthofen deu à luz o primeiro filho — Foto: Reprodução
Os prestadores de serviços de telefonia foram notificados de que todas as chamadas efetuadas durante o período em que Suzane estava no hospital seriam monitoradas para detectar possíveis vazamentos. Isso gerou apreensão entre os funcionários, que temiam punições. Uma fonte, sob condição de anonimato, relata: “Houve uma preocupação generalizada. Quando a notícia do parto vazou, ficamos temerosos de ser alvo de investigação ou sindicância, pois muitas pessoas viram Suzane no hospital.”
Embora a alta inicialmente estivesse programada para domingo ou segunda-feira, Suzane escolheu deixar o hospital na noite de sábado, por volta de 21h30, sem receber visitas além da presença do marido durante sua internação. Duas horas antes, este blog revelou que ela deu à luz um menino chamado Felipe, como o pai. Assim como na chegada, ela deixou o local pelos fundos, acompanhada por dois seguranças e pela enfermeira de plantão. O acompanhamento pós-cesárea será realizado em casa, pelo próprio marido de Suzane.
Para ser internada durante a madrugada em Atibaia, Suzane precisou obter permissão da Justiça, visto que cumpre pena em regime aberto obrigatoriamente em Bragança Paulista. Os dois municípios são adjacentes e distam meia hora de carro pela rodovia Fernão Dias (BR-391). Conforme as regras estabelecidas na Lei de Execução Penal (LEP), Suzane não pode se ausentar da jurisdição da cidade declarada como domicílio no fórum de Bragança Paulista.
As restrições do regime aberto também impactarão a vida materna de Suzane, já que ela só poderá sair com seu bebê entre 6h e 20h. Qualquer violação das regras pode resultar na perda do benefício e no retorno à prisão. Sua pena, em teoria, se encerrará apenas em 2041, quando seu filho completar 17 anos.
O hospital onde foi realizado o parto de Suzane — Foto: Reprodução
Como Suzane von Richthofen conheceu o marido?
Suzane e Felipe se conheceram em fevereiro do ano passado pelo Instagram. Ela engravidou em maio. Antes, o médico foi casado com a colega de profissão Sílvia Constantino, com quem teve três filhas, de idades entre 7 e 13 anos. Atualmente, a guarda das meninas está com ele. No entanto, desde que Suzane foi morar com o médico, as crianças se mudaram para a casa da mãe de Felipe, Lygia Maria Zecchini Muniz.
Sílvia perdeu a guarda das filhas por apresentar problemas com alcoolismo e depressão. Curada, ela luta na Justiça para tê-las de volta. “Não quero minhas filhas perto de uma mulher que matou os próprios pais. (…) Mas espero que o filho de Suzane, que vem a ser irmão de minhas filhas, tenha nascido bem e saudável. Não desejo o mal desse bebê, nem da Suzane. Eu só queria poder ter o direito de ser mãe das minhas filhas também”, disse Sílvia ao GLOBO.
Filho de Suzane von Richthofen nasce no dia do aniversário de Daniel Cravinhos
O filho de Suzane, batizado com o mesmo nome do pai, veio ao mundo numa cesariana programada. Aquariano, ele nasceu no mesmo dia do aniversário de Daniel Cravinhos, ex-namorado de Suzane e também condenado a 39 anos por ter matado o pai dela, Manfred von Richthofen, em 2002. Ela e o bebê passam bem. A puérpera tem alta prevista para este domingo. Pelo esquema de segurança montado, Suzane deixará o hospital pelo mesmo acesso por onde entrou: a porta dos fundos.
Por coincidência, o filho de Suzane nasceu no mesmo dia do aniversário do seu ex-namorado, Daniel Cravinhos, que completou 43 anos na sexta-feira. Ele também cumpre pena no regime aberto por ter matado Manfred von Richthofen, pai de Suzane. Casado desde o ano passado com a influencer Andressa Rodrigues, Daniel disse em entrevista no ano passado que decidiu nunca ter filhos para não ter que passar pelo constrangimento de um dia ter de explicar a uma criança o crime que o pai cometeu.
Com informações de O Globo