Foto: Carlos Moura
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol questionou nesta quinta-feira, 4, as declarações do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que, em entrevista ao jornal O Globo, afirmou, sem apresentar provas, haver pelo menos três planos para prendê-lo e assassiná-lo em 8 de janeiro de 2023.
O ex-procurador da Lava Jato publicou na rede social X, antigo Twitter, dez questões que deveriam ser realizadas ao magistrado para esclarecer alguns pontos que ficaram no ar.
Segundo Moraes houve a existência de um plano golpista, envolvendo a invasão do Congresso e tentativa de persuadir o Exército. Além disso, um grupo queria mata-lo e enforca-lo na praça dos três poderes em Brasília. O ministro diz que tem provas disso.
O outro plano era prender Morais, leva-lo a Goiânia e coloca-lo no Batalhão de Operações Especiais em Jardim Guanabara. Porém, pelas provas que o Ministro possui, os extremistas o matariam a caminho do batalhão.
“Esse povo é louco, são doentes”, diz Morais. As provas citadas pelo Ministro do Supremo estariam nos inquéritos policiais da Polícia Federal sobre o caso, bem como as estratégias para dar um sumiço do corpo de Morais após execução.
A investigação segue, buscando responsabilizar todos os envolvidos, desde executores a autores intelectuais.
Eis as perguntas de Dallagnol:
“- Quem planejou matar o ministro e quais são as provas desse plano?
– Essas pessoas já foram denunciadas pela PGR e condenadas nos julgamentos do 8 de janeiro? Por que não soubemos dessas pessoas até agora?
– Se o ministro era a vítima desses crimes, ele não deveria se declarar suspeito de julgar quem queria matá-lo?
– Essas novas informações não colocam o ministro sob suspeição para julgar todos os réus do 8 de janeiro, já que segundo entendimento do próprio STF, todos estavam ali em turba com um único objetivo, de dar um golpe?