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O Itaú Unibanco comprou o Faria Lima 3500, o edifício que abriga a sede do Itaú BBA, pagando quase R$ 1,5 bilhão – dando um novo sentido à expressão Minha Casa, Minha Vida.
O vendedor foi um fundo imobiliário da Brookfield.
Segundo a escritura de compra e venda, lavrada no final de dezembro, o banco pagou R$ 1.458.870.160,00 à vista, na maior negociação de um edifício na cidade de São Paulo.
O prédio – que fica do outro lado da Faria Lima em frente ao Pátio Malzoni e é recheado de obras de arte modernistas – tem uma área privativa de 22.786 metros quadrados, o que dá R$ 64 mil por metro quadrado.
Poucos prédios na Faria Lima conseguem este nível de preço, com transações recentes superiores a R$ 60 mil/metro. Entre eles: o Plaza Iguatemi, em frente ao shopping homônimo e que abriga dezenas de family offices; o Amauri 255, sede de gestoras como Pragma e Spectra e diversos family offices; o Pátio Malzoni, sede do BTG e do Banco Master; e o Birmann 32, mais conhecido como o ‘prédio da Baleia’, onde a BR Partners ocupa o último andar.
Outra transação envolvendo um triple-A na região aconteceu em maio de 2022, quando a GTIS Partners vendeu os 62% que detinha no Infinity – o edifício icônico que abriga as sedes do Credit Suisse, Goldman Sachs, Meta e Bloomberg – para um consórcio que já detinha uma participação no edifício.
Na época, a GTIS vendeu sua participação por R$ 850 milhões, numa transação que avaliou o ativo em R$ 1,37 bilhão — ou R$ 39.170 o metro quadrado.
O Faria Lima 3500 foi desenvolvido pela Tishman Speyer para o Itaú no regime de ‘build to suit’, e comprado pela Brookfield em 2014 assim que a obra ficou pronta. Uma das opcionalidades do Itaú é aumentar a ABL do prédio – seja mediante a compra de CEPACs ou com a extinção da Operação Urbana Faria Lima, a lei municipal que obriga o desenvolvedor a comprar o direito de aumentar o potencial construtivo.
Hoje o prédio tem uma relação terreno/ABL limitada porque a Tishman não comprou CEPACs à época da incorporação, limitando seu potencial.
O Itaú BBA é o único inquilino desde o primeiro dia.
Uma fonte do Itaú disse que, por ser um prédio monousuário, internamente o banco trabalha com um conceito mais amplo de metragem que inclui, além da área privativa, as áreas comuns do edifício— o que eleva a metragem para 25.696 m², ou R$ 56.796 por metro quadrado.