Nos 6 bancos com mais usuários no país, metade teve elevação nas taxas de juros anuais para o rotativo do cartão de crédito em 1 ano. A comparação se dá entre dezembro de 2023 e o mesmo período do ano anterior.
A maior queda anual (60,8 pontos percentuais) nas alíquotas foi observada no Bradesco, que era de 328,2% ao ano e passou para 267,4% a.a. depois de 12 meses. A Caixa Econômica Federal teve uma redução de 31,6 p.p.
Os dados são compilados pelo Banco Central e vão até o intervalo de 29 de dezembro de 2023 a 5 de janeiro de 2024 (período em que a autoridade monetária fornece as informações). Leia abaixo o detalhamento para cada instituição financeira:
O Santander teve o aumento mais expressivo nas alíquotas em 1 ano, de 53,0 pontos percentuais. Em seguida, está o Nubank com 18,9 p.p. O Itaú ficou mais estável, com variação positiva de 8,9 pontos percentuais.
O rotativo do cartão de crédito é usado quando um cliente não consegue pagar a fatura. Funciona como um empréstimo para que o cidadão continue comprando. Os juros tendem a ser altos (por causa do risco de inadimplência), mas os bancos costumam oferecer renegociações pela modalidade.
Em dezembro, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu por limitar a cobrança de alíquotas do rotativo a 100% da dívida, ou seja, o valor total do débito. A medida começou a valer em 4 de janeiro de 2024.
Os grandes bancos não entraram em acordo com o governo para estabelecer um limite e a decisão se deu sem consenso com as instituições financeiras.
A nova regra deve afetar drasticamente o cenário apresentado pelo Banco Central. Em dezembro, nenhum dos grandes bancos tinha uma taxa anual que passasse pelo teto estabelecido. Na prática, a arrecadação das instituições com a modalidade deve cair.
Outra análise possível é que o crédito deve ser restrito para muitas pessoas. Os bancos devem evitar emprestar para certos públicos por causa do risco de inadimplência.
Segundo as estatísticas da autoridade monetária, a média de juros para o rotativo do cartão era de 434,41% ao ano em novembro, dado mais recente. É o maior valor para o mês desde 2016.
Fonte: Poder 360.
