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A ex-deputada federal Joice Hasselmann foi condenada a indenizar o comentarista político Rodrigo Constantino em R$ 20 mil por danos morais. A decisão determinada pelo juiz Alexandre Ferrari ocorreu após uma live realizada por Constantino, em 2020, na qual ele abordou a “banalização do conceito de estupro”. “Mulheres que consentem com ato sexual, ainda que bêbadas, foram estupradas?”, questionou o ex-contratado da Jovem Pan, na ocasião.
Em seguida, o comentarista citou a filha, dizendo que, a depender das circunstâncias, ela ficaria de castigo se dissesse que foi estuprada. “Se ela chegar em casa um dia e falar: ‘Pai, fui pra uma festinha, eu e três amigas, tinham dezoito homens, nós bebemos muito, e eu estava ficando com dois caras, acabei dormindo lá e fui abusada.’ Ela vai ficar de castigo feio e não vou denunciar um cara desses para a polícia”, afirmou Rodrigo Constantino.
Em suas redes sociais, Joice Hasselmann disse ter ficado com náuseas ao assistir à live de Constantino e afirmou que “estupro é crime e apologia a qualquer tipo de crime é crime também”. “Torço para que a filha do Constantino nunca tenha o desprazer de ver e ouvir essas palavras do pai”, disse a ex-deputada federal e jornalista. Para a Justiça, Rodrigo Constantino disse ser um “festejado profissional” e processou Joice declarando ser inadmissível a afirmação dela de que ele fez apologia ao estupro.
Constantino afirmou ainda que a ex-deputada teve a clara intenção de difamar sua reputação por meio de informações falsas e distorcidas. Segundo o colunista Rogério Gentile, do UOL, Joice Hasselmann não apresentou defesa no processo e foi condenada pelo juiz Alexandre Ferrari. “Embora devidamente citada, a ré não se manifestou. Em razão disso, presumem-se verdadeiros os fatos alegados, até mesmo porque verossímeis à luz da prova acostada aos autos”, escreve o meritíssimo na decisão.
Procurada pela publicação, Joice Hasselmann disse que não apresentou defensa no processo aberto pelo comentarista Rodrigo Constantino porque não foi citada. “Nem sabia desse processo. Não pode acontecer um processo sem que uma das partes saiba do processo”, afirmou. A ex-deputada federal declarou que vai recorrer e “obviamente derrubar a decisão”.