Imagem: Massimo Pinca/Reuters
Eleito cinco vezes o melhor jogador do planeta e um dos protagonistas do futebol neste século, Cristiano Ronaldo por pouco não veio ao mundo. Sua mãe não queria ter um quarto filho e tentou interromper a gravidez que deu origem ao craque.
É bem possível que, ao longo dos últimos anos, você tenha visto essa história no feed de notícias de alguma de suas redes sociais ou recebido a informação de algum colega por meio do Whatsapp.
Mas será que a história sobre a tentativa de aborto feita pela mãe de CR7 realmente é verídica? Ou tudo isso não passa de mais uma das inúmeras lendas urbanas que fazem tanto sucesso no mundo do futebol, como o autismo de Lionel Messi e a transexualidade de Marco Verratti, meia italiano do Paris Saint-Germain?
A melhor fonte para falar sobre o início da vida do astro português e confirmar (ou não) a veracidade desse caso é Dolores Aveiro, a progenitora de Ronaldo. Em 2014, ela lançou sua biografia, chamada “Mãe Coragem”, na qual esclareceu essa questão.
No livro, ela conta que fez duas tentativas de abortar aquele que seria o caçula da família.
Primeiro, procurou um médico, que se recusou a realizar o procedimento, sob a alegação de que ela era jovem, saudável e não tinha nenhum impedimento para criar mais uma criança.
Desesperada e orientada por uma vizinha, Dolores apelou para uma receita caseira: tomou cerveja quente e saiu correndo por quilômetros e mais quilômetros na tentativa de interromper a gravidez. Só que o máximo que ela conseguiu foi uma bela dor de barriga.
Dolores não queria ter mais um filho devido à vida complicada que levava na Ilha da Madeira, arquipélago localizado a oeste da costa africana que pertence a Portugal.
Além das dificuldades financeiras, ela ainda tinha que lidar com o alcoolismo do marido, José Diniz Aveiro, que morreu em 2005, aos 52 anos, quando CR7 já despontava como astro no Manchester United, em virtude de complicações relacionadas ao uso excessivo de álcool.
O livro em que admite que tentou interromper a gravidez de Ronaldo caiu como uma bomba no mercado editorial de Portugal, um país de maioria de população católica e bastante conservadora na comparação com outras nações europeias.
Mas, segundo Dolores, Ronaldo lida bem com a situação, não guarda nenhum sentimento de rancor em relação a ela e até brinca com a história: “Vê lá tu, mãe, querias abortar de mim e sou eu que sustento esta casa toda”.
Aos 38 anos, o camisa 7 da seleção de Portugal já constituiu sua própria família. O craque tem um relacionamento estável com a modelo Georgina Rodríguez e é pai de quatro crianças: Cristiano Ronaldo Júnior, de nove anos, Alana Martina, Eva Maria e Mateo, que têm dois anos.