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Uma recente onda de violência relacionada às drogas deixou pelo menos dez pessoas mortas no Equador, cujo presidente declarou estado de “conflito armado interno” e enviou as forças armadas para as ruas depois que traficantes armados invadiram uma estação de televisão ao vivo. Segundo Luis Cordova Alarcon, coordenador do programa de investigação, ordem, conflito e violência da Universidade Central do Equador, “o medo de espalha”, com vídeos de gangues ameaçando sequestrar policiais.
Para Luis Cordova Alarcon, o problema agora é a “evidência concreta de que o governo, diante da incapacidade de fazer uma reforma policial eficaz, se depara com instituições totalmente infiltradas pelo crime organizado”.
“O Estado equatoriano é incapaz de implementar as decisões tomadas pelo governo. É por isso que o líder dos Lobos foi preso e já está foragido da prisão de Riobamba, e o líder dos Choneros também saiu da prisão há mais de uma semana e o governo só descobriu recentemente. Evidentemente, a sociedade está mais uma vez em pânico porque há atos terroristas, carros incendiados, explosões em passarelas de pedestres veículos em pelo menos 10 cidades do país.
Somam-se a isso vídeos que as próprias gangues divulgaram nas redes sociais, ameaçando sequestrar policiais. O medo está se espalhando”, afirmou, em entrevista à RFI.
Invasão de TV e ‘conflito armado interno’: entenda crise de segurança no Equador
“Oito pessoas foram mortas” em ataques no porto de Guayaquil, no sudoeste do país, segundo informações um chefe de polícia local. As autoridades também disseram que dois policiais foram “cruelmente assassinados por criminosos armados” na cidade vizinha de Nobol.
O presidente Daniel Noboa anunciou mais cedo no X que havia assinado um decreto executivo declarando “Conflito Armado Interno”, em meio a um estado de emergência de 60 dias que ele havia decretado na segunda-feira (8), quando começaram os sequestros de policiais, os ataques à imprensa e as rebeliões nas prisões.
O presidente de 36 anos também ordenou que as forças armadas “realizassem operações militares (…) para neutralizar” cerca de 20 grupos criminosos, que ele descreveu como “organizações terroristas e atores não estatais beligerantes”.