Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O MPF solicitou que o STF intime o senador Giordano a explicar o valor que daria para abastecer até 12 veículos de passeio
O Ministério Público Federal (MPF) quer que o senador Giordano (MDB-SP, foto), que assumiu o cargo em 2021, com a morte do senador Major Olímpio, explique como gastou 3,9 mil reais em um posto de gasolina em um único dia.
A quantidade de combustível adquirida pelo senador corresponde a 507,61 litros de gasolina e 188,67 litros de diesel, o equivalente “ao tanque de mais de 12 veículos de passeio”, de acordo com os cálculos do MPF.
Segundo o Metrópoles, as notas fiscais apresentadas pelo senador Giordano são de 19 de dezembro de 2022 e foram emitidas pelo Auto Posto Mirante Ltda.
Em 2 de janeiro de 2023, o parlamentar voltou a gastar 1.691,22 reais em um posto de gasolina.
Para que o emedebista possa explicar o suposto uso indevido de verba indenizatória no exercício de atividade parlamentar, o MPF pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o intime.
“Diante desse quadro, como providência inicial, visando o melhor deslinde da apuração, mostra-se adequado franquear ao parlamentar noticiado a oportunidade para prestar esclarecimentos acerca do caso”, afirmou o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, na solicitação.
Os gastos elevados de Giordano
Essa não é primeira vez que o senador Giordano pede o reembolso de valores exorbitantes. Em junho de 2023, ele solicitou o reembolso de 25,2 mil reais da cota parlamentar para gastos com refeições em restaurantes, realizadas entre janeiro e maio.
As notas, segundo o site, incluíam casquinhas de camarão no valor de 210 reais e filé de Cambucu de 274 reais, servidos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo.
Ele também pediu o reembolso de um rodízio com 18 cortes de carne de uma churrascaria da capital paulista que custa 210 reais.
Suplente do Major Olímpio
Alexandre Luiz Giordano é senador pelo estado de São Paulo desde março de 2021, quando assumiu o posto deixado pelo senador Major Olímpio, que morreu após passar duas semanas internado com Covid.
Em agosto de 2021, Giordano deixou o PSL e se filiou ao MDB.
O Antagonista