Foto: Reprodução/ONU/Harandane Dicko.
Uma acusação feita por Israel de que funcionários da UNRWA, a agência da ONU que presta assistência a refugiados palestinos, teriam tido envolvimento nos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, desencadeou uma investigação interna, demissões e reações internacionais.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou estar “estarrecido” com a acusação e solicitou uma investigação rápida. O ataque do Hamas em 7 de outubro resultou na morte de 1,3 mil pessoas, a maioria civis, e fez 250 reféns, provocando uma ofensiva israelense que, desde então, matou mais de 26 mil palestinos na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde sob controle do Hamas.
Países como Reino Unido, EUA, Canadá, Austrália e Itália temporariamente suspenderam seu financiamento à UNRWA em decorrência dessas alegações. O Departamento de Estado americano expressou profunda apreensão, afirmando estar “profundamente apreensivo” com as acusações de envolvimento de pessoal da ONU nos ataques.
Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, anunciou a colocação de diversos funcionários sob investigação e demissões com base nas informações fornecidas por Israel. Ele afirmou que qualquer funcionário envolvido nos atos de terror responderá por isso, inclusive em processos criminais.
As chocantes alegações, segundo Lazzarini, ocorrem em um momento crucial, quando mais de 2 milhões de pessoas em Gaza dependem da assistência vital da agência. Mark Regev, conselheiro do governo de Israel, alegou que pessoas recebendo salários da UNRWA estiveram envolvidas nos ataques e que professores celebraram os ataques do Hamas.
O apelo por uma investigação do secretário-geral da ONU e as reações de vários países demonstram a gravidade do episódio, que pode ter repercussões significativas nas relações entre Israel, a UNRWA e a comunidade internacional.
Com informações do G1.