Uma escola infantil no interior do Rio Grande do Sul foi fechada devido a denúncias de maus-tratos e tortura contra crianças com idades entre sete meses e quatro anos. Duas diretoras tiveram a prisão preventiva decretada após uma ex-professora fazer a denúncia.
As suspeitas surgiram quando Denise Kaciava, residente em Serafina Corrêa, na serra gaúcha, notou marcas de mordida no braço de sua filha de dois anos. Há dois meses, a criança começou a apresentar mudanças comportamentais, chorando para sair de casa. Diante disso, a mãe ficou desconfiada do tratamento oferecido na creche Ludicamente, onde a criança frequentou por um ano.
Denise resolveu procurar a polícia: “a minha filha teria sido judiada até ela vomitar, ela teria levado uma mordida no braço de uma das diretoras porque ela teria que aprender a não morder um outro colega, porque ela mordeu um coleguinha”.
A denúncia de uma ex-professora da escola, que prefere não se identificar, foi decisiva para a investigação da polícia. Ela trabalhou apenas uma semana e pediu demissão depois de constatar possíveis agressões cometidas pelas proprietárias contra crianças com idades entre sete meses e quatro anos.
Professoras da escola, ouvidas pela polícia, relataram que, ao serem contratadas, assinavam um termo de sigilo e, por isso, não podiam contar nada do que ocorria dentro da creche. Elas disseram que eram vigiadas o tempo todo pelas duas proprietárias – uma arquiteta e uma pedagoga, presas preventivamente, na quinta-feira, por suspeita de maus-tratos e tortura.
Na segunda-feira, o Conselho Municipal de Educação da cidade determinou a interdição da escola. O Ministério Público está envolvido no caso, oferecendo assistência às famílias e às vítimas.
A defesa argumentou pela inocência das diretoras, refutando a presença de evidências que sugiram a prática de crimes de tortura e maus-tratos.
Com informações de SBT News