O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) concedeu a Domingos Brazão, supostamente citado nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, um período de 360 dias de férias. A decisão foi tomada pelo Conselho Superior de Administração do tribunal, incluindo também José Maurício Nolasco, ambos conselheiros do TCE-RJ.
Os dias de férias referem-se ao período de 2017 a 2022, durante o qual nenhum dos dois utilizou esse direito, pois estavam afastados do cargo devido a um suposto envolvimento em um esquema de corrupção, conforme mencionado na operação Quinto do Ouro.
Existe a possibilidade de os dias de férias concedidos aos conselheiros serem convertidos em dinheiro, mas até o momento, de acordo com o TCE-RJ, eles não indicaram qual opção escolherão. O Poder360 questionou a quantia que poderá ser recebida por eles caso optem pela conversão em dinheiro, mas não obteve resposta até o momento.
Domingos Brazão também foi citado em uma suposta delação de Ronnie Lessa, um dos suspeitos do assassinato de Marielle. No entanto, a PF (Polícia Federal) negou a existência de mais de uma delação oficial no caso e destacou que a única delação homologada até o momento foi a de Élcio de Queiroz, ex-policial militar que confessou ter dirigido o carro usado no crime.
Brazão e Nolasco foram presos temporariamente em 2017, durante a operação Quinto do Ouro, que investigava pagamento de propina a membros do TCE-RJ. Ambos receberam regularmente seus salários durante o período de afastamento e retornaram aos cargos em 2023.
Com informações do Poder 360.