O Banco Central registrou déficit de US$ 1,6 bilhão nas transações correntes do Brasil em outubro de 2023. O número é sete vezes maior que o registrado em outubro, quando o saldo negativo foi de R$ 230 milhões, mas é o menor para o mês desde 2016, segundo a série histórica do BC.
No mesmo período de 2022, o déficit foi de US$ 1,7 bilhão. No acumulado de 12 meses encerrados em novembro, o déficit é de US$ 33,7 bilhões, equivalente a 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB). Os números estão no documento “Estatísticas do Setor Externo”, divulgado pelo BC nesta quarta-feira (3).
O número foi puxado especialmente pela balança comercial, que teve superávit de US$ 6,7 bilhões em novembro de 2023, ante o saldo também positivo de US$ 4,7 bilhões em novembro de 2022.
De acordo com a autoridade monetária, houve superávit comercial de US$ 2 bilhões, que ajudou a contrapor os déficits em serviços, US$ 921 milhões, renda primária, US$ 640 milhões, e renda secundária, US$ 322 milhões.
Os dados do BC mostram que as exportações de bens totalizaram US$ 28,1 bilhões, representando uma retração de 1% na comparação interanual, enquanto as importações de bens recuaram 9,6%, totalizando US$ 21,4 bilhões.
De acordo com a autoridade monetária, no acumulado do ano até novembro, o saldo comercial e as exportações de bens registraram, respectivamente, US$ 73,2 bilhões e US$ 315,3 bilhões, recordes de ambas as séries.
CNN Brasil
