O reajuste de 6,97% no salário mínimo, que passou para R$1.420 no início deste ano, traz impactos significantes para os brasileiros. O aumento se estende a outros pagamentos que têm vinculação com o piso nacional, afetando diretamente o seguro-desemprego, o abono do PIS/Pasep e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo
Após dois anos de estagnação, o governo optou pela retomada da política de valorização do mínimo. O aumento atual corresponde à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulada nos últimos 12 meses (3,85%), acrescida ao crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberão seus benefícios corrigidos em 6,97% na folha salarial de janeiro.
Contribuição Previdenciária e Abono PIS/Pasep
A nova tabela de contribuição previdenciária também será ajustada de acordo com o reajuste do salário mínimo. Isso afetará desde a contribuição de donas de casa de baixa renda até a de autônomos e microempreendedores individuais.
O abono salarial do PIS/Pasep, distribuído pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, varia de acordo com a quantidade de meses trabalhados. O valor máximo do abono é igual a um salário mínimo, agora fixado em R$ 1.412.
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Cadastro Único e Seguro-Desemprego
O Cadastro Único (CadÚnico) é um instrumento de coleta de dados das famílias de baixa renda, ou seja, com renda per capita de até meio salário mínimo. Com o reajuste, o valor passa a ser R$ 706.
O seguro-desemprego segue o salário mínimo, garantindo que o valor mínimo concedido ao trabalhador não seja inferior ao piso nacional, podendo iniciar em R$ 1.412.
Impacto para Microempreendedores Individuais (MEIs)
A contribuição dos Microempreendedores Individuais (MEIs) também é afetada pelo reajuste do salário mínimo. O INSS recolhe 5% do valor do salário mínimo dos empreendedores, resultando em R$ 70,60 para a maioria dos trabalhadores.
Ajustes em Indenizações Judiciais
No âmbito jurídico, o valor máximo das indenizações pagas é de 40 salários mínimos, elevando o total a R$ 56.480. Nos Juizados Especiais Federais, o limite é de 60 salários mínimos, atingindo com o ajuste um montante máximo de R$ 84.720.