Foto: Reprodução/O Globo.
Em uma ação controversa, o estado norte-americano do Alabama ofereceu assistência a outros estados para implementar a pena de morte por meio da asfixia por gás nitrogênio. Essa oferta foi feita na sexta-feira (26), após o estado ter utilizado pela primeira vez esse método para executar Kenneth Smith, um prisioneiro condenado por homicídio em 1988.
A Asfixia Nitrosa
O procurador-geral do estado, Steve Marshall, afirmou que outros 43 presos estão na fila do corredor da morte e que escolheram a asfixia em vez da injeção letal. A mudança de método foi permitida pela legislação estadual de 2018. Alabama classificou o novo método de execução como “humano”, mas grupos de defesa dos direitos humanos contestam, alegando que ele é cruel e tortuoso.
Outros Estados
Míssisipi e Oklahoma são outros dois estados norte-americanos que autorizaram a asfixia por gás nitrogênio. No entanto, esses estados ainda não colocaram esse método em prática. Marshall enfatizou que a asfixia nitrosa “não é mais um método não testado” após a execução de Smith. Ele declarou, “Está comprovado”.
O Processo
Documentos judiciais do Alabama estimaram que Smith ficaria inconsciente em aproximadamente 30 segundos e morreria logo em seguida. Os executores utilizaram uma máscara respiratória de segurança industrial fabricada pela Allegro Industries em seu rosto e a conectaram a um cilindro de nitrogênio puro. Porém, jornalistas que testemunharam a execução relataram que Smith permaneceu consciente por vários minutos após a administração do gás. Posteriormente, ele começou a tremer e se contorcer na maca por cerca de dois minutos.
Consequências
A divergência de relatos sobre a execução de Smith levantou questões sobre a humanidade do método. Apesar disso, autoridades do Alabama mantêm que tudo ocorreu conforme o esperado e argumentam que as convulsões de Smith podem ter sido “movimentos involuntários”. Steve Marshall ainda acrescentou que a execução foi como “uma aula”.
Smith foi condenado pelo assassinato de Elizabeth Sennett. Ele aceitou um pagamento de 1.000 dólares para matá-la, em uma conspiração orquestrada por seu marido, um pastor que posteriormente cometeu suicídio.
Em Resumo
Enquanto alguns estados norte-americanos tentam avançar com métodos alternativos de execução, a controvérsia continua. Enquanto alguns defendem o direito de escolha do método de execução pelo prisioneiro, outros argumentam que métodos como a asfixia por nitrogênio são nada mais do que formas modernas de tortura. A discussão sobre a humanidade dos métodos de execução persiste.
Créditos: O Antagonista.