O piloto de aeronaves que morreu no sábado (6), após a queda de um planador em uma área rural entre Lençóis Paulista e Areiópolis (SP), atuou no caso da morte da cantora Marília Mendonça.
Sérgio Roberto Alonso, de 74 anos, era advogado e piloto. Segundo o escritório Riedel de Figueiredo e Advogados Associados, do qual fazia parte, ele era especialista em direito aeronáutico e em direito internacional, além de ser membro da Sociedade Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial.
Em 2021, atuou como representante jurídico da família de Geraldo Martins de Medeiros Júnior, que conduzia a aeronave que caiu e vitimou a cantora sertaneja. Na ocasião, Marília Mendonça, o piloto e outras três pessoas morreram no acidente aéreo registrado nas proximidades de Piedade de Caratinga (MG).
Em outubro de 2023, a Polícia Civil atribuiu aos pilotos a responsabilidade do acidente aéreo. Como os responsabilizados não sobreviveram, o caso foi arquivado. Porém, para Alonso, a conclusão da polícia “não tem base nas provas técnicas”.
“O acidente ocorreu pela falta de sinalização da rede, ausência de carta de aproximação visual e também por essa rede estar implantada na altitude do tráfico padrão, de 1 mil pés”, afirmou Alonso na época.
Queda do planador
A polícia e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) investigam a causa da queda do planador em uma área rural, às margens da rodovia Marechal Rondon (SP-300).
A principal suspeita é de que o planador tenha perdido uma das asas durante voo, o que teria provocado a queda. A aeronave foi encontrada com o cockpit, local onde fica o piloto, em direção ao solo. Até a última atualização desta reportagem, a asa ainda não havia sido encontrada.
Sérgio Alonso pilotava a aeronave e morreu no local. Segundo a equipe do Aeroclube de Bauru, ele era experiente e possuía mais de 1.000 horas de voo no modelo.
A aeronave, prefixo PT-PJD, do tipo planador – que não tem motor -, é um modelo ASW20. Foi fabricada pela empresa Alexander Schleicher, em 1982, com capacidade para uma pessoa.
Segundo o registro na Anac, a aeronave tem uso permitido para voos privados de instrução e tinha identificação como proprietário o Aeroclube de Bauru, que confirmou que o piloto decolou da pista do local.
Ainda segundo o Aeroclube, equipes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) também foram acionadas para a apurar as causas da queda.
Créditos: G1.