Nicolás Maduro ordenou exercícios militares no Atlântico por considerar que a soberania do país está sendo ameaçada
Zurimar Campos/Presidência da Venezuela/AFP – 28/12/2023
Mais de 5.600 soldados da Venezuela participam, a partir desta quinta-feira (28), de exercícios militares ordenados pelo ditador Nicolás Maduro como “resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido”, que enviou um navio de guerra para a Guiana em meio a uma centenária disputa territorial.
“Ordenei a ativação de uma ação conjunta de toda a Força Armada Nacional Bolivariana no Caribe Oriental da Venezuela, na fachada atlântica, uma ação conjunta de natureza defensiva e em resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania do nosso país”, disse Maduro, em rede de rádio e televisão, quando mostrou imagens de navios e aviões de guerra que patrulhavam a área.
Essequibo é uma região rica em recursos minerais, principalmente petróleo, e a americana Exxon Mobil é a principal empresa que explora essas reservas, situação vista como uma ameça por Caracas.
Em 15 de dezembro, Maduro e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, se reuniram em São Vicente e Granadinas e concordaram em não usar a força na controvérsia sobre Essequibo.
A presença estrangeira na costa da Guiana, porém, fez a Venezuela iniciar uma demonstração de seu poder bélico.