O governo da Rússia anunciou na 6ª feira (1º.dez.2023) que adicionará 170 mil pessoas às Forças Armadas. De acordo com decreto assinado pelo presidente Vladimir Putin em 29 de novembro, o Exército russo passa a ter 1,3 milhão de soldados e 2,2 milhões de pessoal total depois da adição.
Segundo o Ministério da Defesa, o aumento é gradual e de acordo com a apresentação de cidadãos que manifestem desejo em fazer serviço militar. O recrutamento é contratual. O órgão também disse que não há planos para aumentar o alistamento obrigatório.
O governo russo disse que o aumento se deve à crescente “ameaça ao país associada à condução de uma operação militar especial e à contínua expansão da Otan [Organização do Tratado Atlântico Norte]”. Ainda segundo o Kremlin, o grupo estaria aumentando o seu arsenal nuclear, citando a substituição de 200 bombas nucleares norte-americanas obsoletas na Turquia por novas até 2025.
Eis a íntegra do comunicado do Ministério da Defesa Russo:
“De acordo com o Decreto do Presidente da Federação Russa de 29 de novembro de 2023, o efetivo máximo das Forças Armadas da Federação Russa foi aumentado em 170 mil militares para 1 milhão 320 mil militares.
“O aumento do número de militares das Forças Armadas da Federação Russa está sendo implementado em etapas, às custas dos cidadãos que manifestam o desejo de cumprir o serviço militar mediante contrato.
“A este respeito, não há planos para aumentar significativamente o recrutamento de cidadãos para o serviço militar obrigatório. Não há previsão de mobilização.
“O aumento do efetivo das Forças Armadas deve-se ao aumento das ameaças ao nosso país associadas à condução de uma operação militar especial e à contínua expansão da Otan.
“As forças armadas combinadas da aliança estão a ser construídas perto das fronteiras da Rússia e estão a ser implantados sistemas adicionais de defesa aérea e armas de ataque.
“O potencial das forças nucleares tácticas da Otan está a aumentar. Os Estados Unidos pretendem substituir 200 bombas nucleares obsoletas de queda livre localizadas na Europa e na Turquia por uma nova versão de alta precisão até ao final de 2025.
“Nas condições actuais, um aumento adicional na força de combate e no tamanho das Forças Armadas é uma resposta adequada às actividades agressivas do bloco da Otan.
“Ministério da Defesa Russo”.
Fonte: Poder 360.