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Início Justiça

Professora é presa dentro da sala de aula por crime que ocorreu quando ela tinha apenas 10 anos

Por Terra Brasil
01/dez/2023
Em Justiça, Policial
Reprodução/O Globo.

Reprodução/O Globo.

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No semiárido da pacata São Francisco, cidade do interior da Paraíba, um funcionário do Mercadinho Vieira, que funcionava como representante da Caixa Econômica Federal, foi obrigado a fazer oito transferências de R$ 1 mil cada após ser ameaçado de morte. A extorsão ocorreu em setembro de 2010, mas seus desdobramentos bateram à porta da professora Samara de Araújo Oliveira, de 23 anos, na semana passada, quando ela lecionava numa escola de Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio.

O que o Ministério Público e a Justiça da Paraíba não perceberam na hora de expedir o mandado de prisão contra a jovem é que ela era apenas uma menina de 10 anos à época do crime, sendo inimputável perante a lei. Por conta do erro, ela já se encontra presa há sete dias no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte do Rio.

— Minha filha estava em sala de aula. Ela é professora de Matemática. Fiquei sabendo pela mãe dela que os policiais a levaram durante a aula como se fosse uma criminosa — disse o pai da jovem, o encarregado de transporte Simario Araújo, de 48 anos. — Ela nunca pisou na Paraíba. Minha filha é uma menina doce, estava se graduando em Matemática. Não foi nem à formatura dela, no sábado passado, porque estava presa.

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Contas do Rio de Janeiro

De acordo com dados do Censo do IBGE divulgados este ano, 3.137 habitantes vivem em São Francisco. Quando o crime ocorreu, em 2010, um dos moradores da cidade era o funcionário do mercadinho que recebeu a ligação no dia 29 de setembro, por volta das 16h, de um desconhecido que o ameaçou de morte, dizendo que duas pessoas numa moto o vigiavam. E que estavam prontas para invadir o estabelecimento e executá-lo, caso não fizesse as oito transferências para sete contas diferentes. A vítima não poderia sequer desligar o telefone.

De acordo com o processo, atemorizada, a vítima cumpriu o que foi determinado. Na verdade, após investigações, foi constatado que se tratava de um golpe, pois não havia ninguém em frente ao mercado. O funcionário contou que o golpista passou os números das contas bancárias para as quais foram feitas as transferências. No entanto, três delas, num total de R$ 3 mil, foram bloqueadas. Com a quebra dos sigilos bancários, a Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba identificaram os donos das contas. Todos eram do Rio de Janeiro.

Duas acusadas, Cirlene de Souza e Josina Padilha, titulares das contas, foram localizadas e deram suas versões por carta precatória (quando o citado no processo responde às perguntas de um juiz de uma outra comarca). Uma delas confirmou ser dela a conta, mas que desconhecia o valor depositado. Já a outra negou ter conta bancária. As duas foram condenadas a cinco anos e quatro meses de prisão, mas, por terem bom comportamento e serem rés primárias, a pena teve início em regime semiaberto.

Faltavam dois acusados, Ricardo Campos dos Santos e Samara, que não tinham sido localizados. A Justiça chegou a suspender o processo, ou seja, paralisar a contagem de tempo de prescrição do crime. Na tentativa de encontrar quem faltava, o juízo determinou que o MP da Paraíba tentasse mais uma vez descobrir os endereços dos acusados. Em 20 de janeiro deste ano, foi decretada a prisão de Samara de Araújo Oliveira. O GLOBO encontrou num cadastro nacional de dados de pessoas físicas nove nomes iguais ao da professora.

Após a prisão no último dia 23, a família se mobilizou para demonstrar o erro à Justiça paraibana. O pai da jovem, que trabalha fora do Rio, temia que “algo de ruim acontecesse” na cadeia por Samara ser uma jovem ansiosa. Ela e o pai sempre foram muito unidos.

— Nos falamos por telefone todos os dias. Ela estava empolgada com as aulas da pós-graduação. A nossa conversa era sobre as primeiras palavras que o meu neto, de 2 anos, começava a falar. Na última quinta-feira, fui surpreendido com uma ligação inesperada da minha ex-mulher avisando que a minha filha tinha sido presa dentro da escolinha em que dava aula. Ela não cometeu crime algum — disse Simario.

Desde então, ele passa dia e noite em frente ao Oscar Stevenson, dormindo no próprio carro. Ele conta que Samara é nascida e criada em Rio Bonito, numa infância típica do interior, brincando na rua e sonhando ser professora.

Só anteontem a família, por meio de um advogado, provou ao juízo da Paraíba o equívoco. O juiz substituto Rosio Lima de Melo, da 6ª Vara Mista da cidade de Sousa, decidiu expedir o alvará de soltura de Samara reconhecendo o erro: “Verifico que merece prosperar a argumentação quanto à ocorrência de equívoco na exordial acusatória, na qual consta apenas a identificação por CPF, sem qualquer menção à data de nascimento da acusada”. Por fim, o magistrado ressalta que Samara teria 10 anos à época dos fatos.

Alvará atrasa

Procurados, o Ministério Público e a Justiça da Paraíba não responderam. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, ao saber do que estava acontecendo, tirou a jovem da cela que dividia com outras 13 detentas. Ela passou o dia de ontem na sala da direção à espera do alvará de soltura.

Do lado de fora, o pai da professora aguardou a filha sentado na calçada. Numa tentativa desesperada de ter notícias de Samara, chegou a pagar R$ 200 a uma advogada que conheceu na porta do presídio para entregar à jovem seu bilhete: “Filha, está tudo bem. Papai está aqui. Você vai sair logo. Já conseguiram seu alvará. Não chore e nem se desespere. Quando sair, estarei aqui fora te esperando”.

— Minha filha é uma menina tímida e sensível. Não consigo imaginar como ela está sofrendo longe do filho todos esses dias. Não vou embora até tirá-la daí. Só quero provar sua inocência — afirmou, aos prantos.

À noite, Simario recebeu a notícia que o alvará só chegaria hoje. Foi mais uma noite de sofrimento.

O Globo

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