O torcedor mirim Guilherme Gandra, mais conhecido como Pequeno Gui, símbolo da luta do Vasco contra o rebaixamento no Brasileirão 2023, viveu momentos de terror nesta quinta-feira, dia 6. A criança de oito anos deixava São Januário com os pais após a vitória do time cruz-maltino sobre o Red Bull Bragantino, por 2 a 1, quando a família teve o carro assaltado por bandidos armados.
Tayane Gandra, mãe do pequeno vascaíno, relatou o incidente em publicação nas redes sociais. “Um verdadeiro absurdo! colocaram revólveres na nossa cara, não respeitaram uma criança”, escreveu. Segundo ela, os criminosos levaram celulares, relógios e uma aliança, além de causar terror psicológico na família. “Deus nos proteja e nos ajuda a reconquistar o que nos foi tirado”, concluiu.
Pequeno Gui é portador de epidermólise bolhosa, doença genética e hereditária rara que provoca a formação de bolhas na pele por conta de mínimos atritos ou traumas e se manifesta já no nascimento. A história do menino veio à tona após viralizar um vídeo dele reencontrando a mãe após ficar duas semanas em coma por causa de uma pneumonia.
A história do menino comoveu o clube carioca, que promoveu o encontro de Gui com jogadores do clube. Desde então, ele se tornou símbolo de resistência do time cruz-maltino na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A criança também foi homenageada por outros clubes e teve a oportunidade de conhecer Neymar, jogadores da seleção brasileira e até mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Vasco viveu grande emoções na última rodada do Brasileirão, mas conseguiu escapar do descenso. Com a vitória sobre o Bragantino, o time carioca chegou aos 45 pontos e terminou a competição na 15ª posição. O Santos, que perdeu em casa para o Fortaleza, por 2 a 1, ficou em 17º, com 43, e amargou a queda inédita para a Série B. Houve muita revolta, com objetos arremessados no gramado da Vila Belmiro e confusão nos arredores do estádio. Goiás, Coritiba e América-MG também jogam a segunda divisão em 2024.
Estadão