Políticos, magistrados e ministros saudaram as aprovações de Flávio Dino para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR), na noite desta quarta-feira. Mais cedo, os indicados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentaram mais de 10 horas de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, e os nomes ainda precisam ser publicados no Diário Oficial da União (DOU).
Minutos após o resultado da votação no Senado, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, saudou o Senado pelos votos favoráveis a Gonet e Dino, quadros a que se referiu por sua “coragem, seriedade, competência e lealdade institucional”. Moraes afirmou, em uma publicação nas redes sociais, que “poderes e instituições saem fortalecidos”.
Decano do STF, o ministro Gilmar Mendes felicitou os dois nomes aprovados pelo Senado certo de que honrarão as respectivas funções com “serenidade e desassombro a serviço da Constituição Federal”:
O advogado-geral da União, Jorge Messias, parabenizou o subprocurador-geral e o ministro da Justiça pelo resultado no Senado nesta quarta-feira. Em notas divulgadas pouco depois do resultado, defendeu que Dino “exerceu com dignidade sua atribuição” e que “possui todos os atributos para cumprir muito bem o seu papel na Corte Suprema”, diante da “sólida” formação jurídica. Sobre Gonet, saudou a escolha dos senadores por um “jurista respeitado” com extensa carreira no estudo do Direito, em especial ao Direito Constitucional.
O ministro Flávio Dino foi aprovado para o STF com o placar apertado de 47 votos favoráveis, 31 contrários e 2 abstenções — foi o segundo pior resultado em indicações do STF, atrás apenas de André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para a Corte em 2021. Já Gonet foi aprovado com mais folga. Foram 65 votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção.
O ex-PGR Augusto Aras, que deixou o cargo no final de setembro, felicitou os aprovados no Senado nesta quarta-feira com a certeza que “farão o melhor pelo futuro do Brasil”.
O Globo