A Venezuela se prepara para realizar no domingo (3.dez.2023) um referendo para anexar parte do território da Guiana. Pelas redes sociais, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou os cidadãos do país a votar e criar “um novo marco na história” da Venezuela.
“Neste domingo, quando votarmos, pensaremos na pátria, na família, na juventude e no futuro. A Venezuela toda por amor, pela paz e por Essequibo [região da Guiana em disputa] se prepara para marcar um novo marco na história do nosso país. Unidos, nós podemos nos recuperar e pintar o mapa inteiro. Vamos deixar nossa marca!”, escreveu Maduro em seu perfil no X.
A região de Essequibo ou Guiana Essequiba é disputada entre os 2 países há mais de 1 século. O local tem 160 mil quilômetros quadrados e é administrado pela Guiana, que tem como chefe de Estado Irfaan Ali. A Venezuela deseja anexar uma área que representa 74% do território do país vizinho.
A Guiana tem 214.969 quilômetros quadrados, com uma população de 800 mil habitantes. As línguas oficiais são inglês e idiomas regionais. A moeda é o dólar da guiana.
O referendo está marcado desde 10 de novembro. Na ocasião, o governo da Guiana classificou a medida como provocativa, ilegal, nula e sem efeito jurídico internacional, além de acusar Maduro de crime internacional ao tentar enfraquecer a integridade territorial do Estado soberano da Guiana.
O país defende que o tratado assinado em Washington em 2 de fevereiro de 1897, que determinou a linha divisória entre a colônia da Guiana Britânica e os Estados Unidos da Venezuela em 1899.
“Durante mais de 6 décadas, a fronteira foi internacionalmente reconhecida, aceita e respeitada pela Venezuela, pela Guiana e pela comunidade internacional como sendo a fronteira terrestre entre os 2 Estados”, disse o governo guianense.
Poder 360