O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo ainda conta com poucos ministros. “É preciso pararmos de acreditar quando a imprensa diz que temos muitos ministros”, disse.
“Temos poucos ministros, é preciso de mais ministérios para cuidar desse país.” Ele fez a declaração nesta quinta-feira, 14, na abertura da 4ª Conferência Nacional da Juventude do Partido dos Trabalhadores.
O recorde de maior número de ministérios já criados aconteceu durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Um total de 39 pastas.
Deixar uma meta aberta
Em sua fala, Lula não chegou a estimar quantos ministérios seriam necessários “para cuidar desse país”. Na mesma ocasião, ele inflamou a plateia ao dizer que, “pela primeira vez na história deste país, conseguimos colocar na Suprema Corte um ministro comunista”, em referência a Dino.
Lula iniciou este seu terceiro mandato com 37 ministérios. Eram 14 a mais com relação a seu antecessor, Jair Bolsonaro.
Mais cadeiras para a dança das cadeiras
Em setembro, o governo chegou ao 38º. Mediante uma medida provisória (MP), criou-se o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
O objetivo com a criação deste último teria sido acomodar o centrão. Lula garante, assim, mais apoio no Congresso Nacional.
O ministro Márcio França (PSB) foi realocado para esse ministério. No seu lugar, como ministro de Portos e Aeroportos, entrou Silvio Costa Filho (Republicanos).
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, que aguarda um substituto depois que o Senado Federal aprovou Flávio Dino para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal, pode se dividir em dois. Um novo ministério, dedicado à segurança pública, é objeto de debate.
Revista Oeste