Um redemoinho foi registrado hoje na lagoa Mundaú onde a mina da Braskem, em Maceió, se rompeu no último domingo.
O que aconteceu
A mina 18 voltou a apresentar uma movimentação na água no local onde ocorreu o rompimento. Imagens capturadas pela TV Pajuçara registraram o momento.
O redemoinho foi formado às 6h40.Desde o dia do rompimento, no entanto, apenas uma pequena sucção estava sendo registrada em períodos alternados.
A Defesa Civil de Maceió confirmou que o movimento já era esperado e que faz parte do processo de acomodação do solo.
O surgimento [do redemoinho] é devido à mina continuar cedendo e recebendo muita água da lagoa. Tudo indica que deve ter vazios no subsolo que faz com que a água entre para preencher. O bolsão da mina continua recebendo água por isso que na superfície começa a borbulhar ou a apresentar esse funil que vimos hoje cedo. Isso indica também que a mina não colapsou 100% e permanece se rompendo aos poucos
Dilson Batista, especialista em Meio Ambiente e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas
Mancha não é de vazamento, diz professor
A mancha branca que apareceu na lagoa Mundaú não é substância vazada da mina 18, de acordo com o pesquisador Emerson Soares, especialista em ciências aquáticas. A mancha é oriunda de detritos do solo da lagoa e não tem relação com substância química . A mancha surgiu logo após o rompimento da mina ontem e assustou pescadores.
Foram realizadas desde domingo duas coletas e analisados 15 parâmetros em cada uma delas, na qual nenhuma foi detectada. Caso tivesse relação com a mina operada pela Braskem, teriam sido detectadas substâncias como cloreto de sódio, cálcio e magnésio em excesso.
O professor não deu prazo para o fim da análise, que pretende explorar outros 150 parâmetros. O especialista afirmou, porém, que os principais foram descartados.