As tropas israelenses estão lutando no coração de Khan Younis, maior cidade do sul da Faixa de Gaza. Segundo um comandante militar israelense, os combates de casa em casa são os mais pesados desde o início da guerra contra o Hamas, em outubro.
Depois de dias alertando os civis para deixarem a cidade, ainda que não haja muitas opções de fuga, as forças israelenses intensificaram seus ataques no sul do território. Intensos bombardeios foram ouvidos de dentro do Hospital Nasser, o maior de Khan Younis, onde muitos palestinos que buscavam abrigo dormiam nos corredores.
“Estamos no dia mais intenso desde o início da operação terrestre – em termos de terroristas mortos, número de tiroteios e uso de poder de fogo terrestre e aéreo”, disse o comandante do comando militar do sul de Israel, o general Yaron Finkelman.
Bombardeios
Depois de mais de um mês de combates concentrados no norte de Gaza – e de um cessar-fogo de uma semana que expirou na sexta-feira, 1º -, Israel diz acreditar que os líderes do Hamas que planejaram os ataques de 7 de outubro, que deixaram mais de 1,2 mil mortos no sul de Israel, estão no sul de Gaza. A ofensiva terrestre israelense e os bombardeios aéreos já mataram mais de 15 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas israelenses, Herzi Halevi, disse nesta terça, 5, que as forças israelenses, além de cercarem Khan Younis, lutavam também para consolidar o controle da Cidade de Gaza e de outros lugares no norte do enclave.
Halevi afirmou que os combates muitas vezes eram de casa em casa, que os adversários às vezes usavam roupas civis. “Nossas forças encontram em quase todos os edifícios e casas, armas e, em muitas casas, terroristas, que se envolvem em ações de combate”, disse.
Não foi possível confirmar de forma independente o relato de Israel sobre o confronto. O escritório humanitário das Nações Unidas disse que, entre domingo e segunda-feira à tarde, observou “alguns dos bombardeios mais pesados em Gaza registrados até agora”.
Correio Braziliense