Câmeras de segurança instaladas na casa do delegado da Polícia Civil Erik Wermelinger Busetti registraram todo o crime cometido por ele contra a esposa e a enteada. A escrivã Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e a filha dela, Ana Carolina de Souza Holtz, de 16, foram mortas a tiros no dia 4 de março de 2020, no bairro Atuba, em Curitiba. Veja o vídeo abaixo.
Através das imagens, é possível ver que uma discussão entre o casal começa, por volta das 21h. Os dois continuam discutindo até por volta de 00h, quando Maritza pega a bolsa e desce a escada como se estivesse saindo de casa.
IMAGENS FORTES: câmeras registram momento em que delegado mata esposa e enteada pic.twitter.com/Fh8jvwi7jw
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) December 6, 2023
Em um dos quartos está uma filha do casal, de 9 anos, que dorme. No outro quarto está Ana, a enteada de Erik, que mexe no computador. O delegado vem, bate à porta do quarto de Ana que, ao atender, é agredida com socos, chutes e tapas.
Ao ouvir os gritos da filha, Maritza volta para ver o que está acontecendo e tenta defender Ana das agressões. Outra câmera registra o momento em que Erik, então, dispara várias vezes contra as duas, que morreram abraçadas no chão.
As imagens são fortes e a reportagem optou por acelerá-las e cortá-las no momento em que mãe e filha levam os tiros.
Poupou a filha
Segundo as investigações, foram ouvidos pelo menos treze tiros. Maritza foi atingida por sete disparos na sequência, e Ana por seis. As imagens ainda registram os últimos momentos de vida de mãe e filha, enquanto Erik anda de um lado para o outro da casa, mexendo ao telefone.
O delegado poupou a filha, que ainda continuou no quarto após os disparos. Ele foi até a cozinha, tirou todas as munições da arma, e depois saiu de casa. Ele voltou duas vezes.
Antes de sair mais uma vez, Erik foi até o quarto da filha e a retirou de lá. No colo do pai, a criança passa pela mãe e a irmã, que estavam mortas no chão, bem ao lado.
Delegado preso
Erik Wermelinger Busetti foi preso em flagrante ao admitir o crime para dois policiais militares. Já ao ser interrogado, Erik, que trabalhava no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), ficou em silêncio.
O delegado continua detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), há 3 anos, 9 meses e 2 dias. Em outubro de 2020, a Justiça determinou que ele vá a júri popular, que está marcado para 13, 14 e 15 de maio de 2024.
À Banda B, o advogado Cláudio Dalledone Jr., que faz a defesa de Erik, disse que o processo irá explicar o que aconteceu naquela noite. Mas não entrou em detalhes.
“Mais do que olhar a chuva, é importante explicar como a nuvem se formou. E a defesa irá justificar o porquê do desencadeamento daquela tragédia”, disse Dalledone.
Banda B