Para quem um herdeiro bilionário de um império de luxo, idoso, solteiro e sem filhos, deixaria a fortuna de R$ 56 bilhões? É nesta situação que está o francês Nicolas Puech, de 80 anos, acionista e ex-membro do conselho da Hermès, uma das maiores marcas de moda do mundo. E ele quer oficialmente adotar o jardineiro dele, de 51 anos, para deixar a bolada.
A Hermès foi fundada na França em 1837, por Thierry Hermès, e produzia arreios para os cavalos dos nobres da época. Com o passar do tempo, começou também a vender produtos variados de luxo. É possível encontrar pingentes de bijuteria por R$ 3.650 ou uma sandália feminina por R$ 8.550 no site brasileiro da empresa.
No último dia 1º, a mídia suíça informou que o magnata havia pedido ao advogado dele, em outubro de 2022, para organizar as finanças e a herança. A razão seria a idade avançada e a consciência da inexistência de herdeiros. Ele próprio é descendente de quinta geração do fundador e foi o primeiro acionista da empresa.
Em carta ao representante, Puech indicou o “ex-jardineiro e faz-tudo” como beneficiário. Não se sabe a identidade do homem, apenas a idade e que vem “de uma modesta família marroquina”, de acordo com o jornal suíço Tribune de Genève. O homem também é conhecido por ser casado com uma mulher espanhola e ser pai de dois filhos.
A publicação espanhola aponta que a Hermès tem lucros anuais de cerca de R$ 61,3 bilhões e vale ao redor de R$ 1 trilhão na bolsa de valores. Somente com os 5.7% de ações que detém da companhia, Puech tem o equivalente a mais de R$ 56 bilhões de fortuna, segundo classificação da revista Bilan. O que dá a ele o posto de um dos homens mais ricos da Suíça, onde vive hoje, em La Fouly – um município de apenas 66 habitantes – numa mansão luxuosa.
*AE