Um incêndio ocorreu na tarde desta terça-feira no sexto e sétimo andares de um prédio adjacente ao Ministério do Trabalho, localizado no centro de Buenos Aires, na Argentina. O fogo teria iniciado em escritórios do Poder Judiciário, de acordo com o La Nación. As pessoas foram evacuadas e receberam assistência com oxigênio. Agora, está em curso o resgate de ao menos sete pessoas que estão presas no 10º e 12º andares.
EXTRA URGENTE: incêndio de grandes proporções atinge prédio do Poder Judiciário na Argentina pic.twitter.com/OUKuLTcOjU
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) December 12, 2023
No local, estão trabalhando oito ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de Emergência (SAME), além de equipes dos bombeiros e da polícia da cidade. Em imagens que circulam pelas redes sociais, é possível ver as chamas surgindo do sexto andar e se espalhando rapidamente para o sétimo, enquanto uma grande coluna de fumaça preta se eleva sobre o prédio de 14 andares.
Incêndio atinge prédio ao lado do Ministério do Trabalho na Argentina
O SAME também afirmou que 10 pessoas foram assistidas no local, das quais cinco receberam oxigênio e cinco foram transferidas. Destes últimos, uma mãe e um bebê foram levados para o Hospital Elizalde, e três adultos para o Hospital Argerich.
Primeiro protesto contra Milei
Mais cedo, o Movimento pela Dignidade Juvenil de Esquerda (MIJD, em espanhol), liderado pelo piqueteiro Raúl Aníbal Castells, concentrou-se na porta do antigo Ministério do Trabalho — agora rebaixado à Secretaria — com uma demanda: elevar o salário mínimo vital e móvel para 350 mil pesos (R$ 4,7 mil). A manifestação durou pacificamente até o momento em que o incêndio começou.
— Estamos pedindo que as negociações salariais sejam abertas em todos os sindicatos. Porque o aumento dos preços, especialmente dos alimentos, é tal que exige que os salários, os programas sociais e as aposentadorias sejam corrigidos — disse Castells. — Faltam 12 dias para a véspera de Natal. Para 25 milhões de pessoas neste país, não há a possibilidade de montar uma mesa com comida para as festas.
Este é o primeiro desafio para o governo de Javier Milei, que alertou em seu discurso de posse que “quem bloqueia as ruas não recebe”. Algo que foi reforçado ainda hoje pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, em sua segunda coletiva de imprensa. Quando questionado sobre a conflitividade social nas ruas, ele disse: “Dentro da lei, tudo; fora da lei, nada”. Nesta terça, os manifestantes permaneceram nas calçadas.
Na véspera das eleições de novembro que consagraram Milei como presidente, o ex-ministro e ex-candidato da União pela Pátria, Sergio Massa, anunciou a transferência da administração dos programas sociais do Ministério do Desenvolvimento Social para a atual Secretaria do Trabalho. Como o presidente ratificou a transferência, o grupo de Castells se dirigiu à sede.
O Globo