A esposa de Michael Schumacher, Corinna, está tentando ‘seguir com a vida’ 10 anos após acidente de esqui nos Alpes Franceses que deixou o ex-piloto de Fórmula 1 em coma. Há poucas informações sobre o estado de saúde do heptacampeão desde então, já que os familiares optaram por máxima privacidade.
Schumacher, atualmente com 54 anos, sofreu graves lesões na cabeça e foi hospitalizado no dia 29 de dezembro de 2013.
Agora, Johnny Herbert, que foi companheiro de Schumacher na Benetton em 1994 e 1995, revelou alguns detalhes sobre o emocional da família do ícone do automobilismo. Segundo o britânico, Michael gostaria de ver sua família superando as adversidades.
“Ela [Corinna] disse que eles estão tentando seguir em frente como uma família, como ele desejaria”, Herbert afirmou em entrevista ao Grosvenor Sport. “Eles estão seguindo com a vida deles, mas privacidade significa privacidade. Seria encantador tê-lo de volta”.
Michael Schumacher da Alemanha e Ferrari com sua esposa, Corinna, depois de vencer o campeonato mundial de Fórmula 1 no Grande Prêmio do Japão em Suzuka, Japão, em outubro de 2000 — Foto: Getty Images
Desde o acidente de Michael, seu filho, Mick Schumacher, seguiu os passos do pai e iniciou uma carreira na Fórmula 1 — com todo o apoio de Corinna. Ele correu pela equipe norte-americana Haas durante duas temporadas e agora é piloto reserva da Mercedes.
“Mick disse que ele sempre podia conversar com Michael sobre corridas antes do acidente”, Herbert contou. “Michael teria sido de grande ajuda e essa relação pai e filho seria muito benéfica para Mick. Infelizmente, ele não teve isso. Ele só teve aquele relacionamento até o acidente”.
Johnny ainda relembrou a dedicação extraordinária de Schumacher durante seus anos como atleta: “Ele era fanático… Sempre me lembrou muito Bruce Lee quando ele fazia tudo aquilo para atuar”.
“Era algo novo. Ele sabia que ele precisava estar em forma para performar melhor. Ele fazia esses treinamentos e atingiu um nível que o colocava em vantagem”, acrescentou. “Ele mudou o lado físico e mental da preparação dos pilotos. Ele sempre teve consciência da ciência que ele revolucionou”.
Recentemente, o ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) Jean Todt deu uma rara declaração sobre o estado de saúde de Michael Schumacher. “Michael está aqui, então não sinto falta dele”, disse ao jornal francês L’Equipe. “[Mas ele] simplesmente não é o Michael que costumava ser. Ele é diferente e é maravilhosamente guiado pela esposa e pelos filhos que o protegem.”
“A vida dele agora é diferente e tenho o privilégio de compartilhar momentos com ele. Isso é tudo que há para dizer. Infelizmente, o destino o atingiu há dez anos. Ele não é mais o Michael que conhecíamos na Fórmula 1”, concluiu.
Revista Monet