Um mistério espacial inusitado acaba de chegar ao fim. Um tomate produzido em um experimento na Estação Espacial Internacional (ISS) desapareceu há oito meses, e o astronauta Francisco “Frank” Rubio, da NASA, era o principal suspeito de ter devorado a fruta. Agora, o caso foi resolvido: os tripulantes da ISS encontraram o que restou do tomate.
Rubio voltou para a Terra em setembro após passar 371 dias no espaço, quebrando o recorde estadia mais longa em órbita para um astronauta norte-americano. Em uma entrevista após seu retorno, Rubio lamentou a perda do tomate produzido durante um experimento de cultivo na ISS, desenhado para ajudar os cientistas a saberem mais sobre como manter a alimentação de astronautas durante missões longas.
O tomate era da variedade Red Robin e media apenas 2,5 cm de diâmetro. Ele foi colhido em março durante o experimento Veg-05, e cada astronauta na estação recebeu pacotes com amostras dos frutos — menos Rubio, porque o dele flutuou para longe antes que pudesse experimentá-lo. “Estava confiante de que o selei onde deveria, mas quando voltei, ele tinha desaparecido”, explicou ele a repórteres.
It’s harvest time! 🍅
The Veg-05 study is the next step in addressing the need for a continuous fresh-food production system in space. This crop of dwarf tomatoes is heading back to Earth for scientific analysis! pic.twitter.com/4f0LtFwJAY
— ISS Research (@ISS_Research) March 29, 2023
Felizmente, o mistério foi resolvido. “Nosso bom amigo Frank Rubio, que [já] voltou para casa, foi culpado por um tempo por ter comido o tomate”, brincou Jasmin Moghbeli, astronauta da NASA que está na ISS no momento. “Mas podemos exonerá-lo, encontramos o tomate”. Ela não detalhou onde o tomate foi encontrado ou qual era seu estado.
Como a umidade na estação é bem baixa, o tomate provavelmente se desidratou e ficou irreconhecível. Desaparecimentos à parte, Rubio declarou durante uma entrevista à NASA neste ano que estudar o crescimento do tomate foi um dos seus projetos científicos favoritos na ISS. “Eu amo trabalhar com aquela pequena planta e vê-la crescer e se desenvolver”, disse.
The Guardian