A presidente do banco do Brics, Dilma Rousseff, assinou nesta quinta-feira (21) o empréstimo de US$ 1 bilhão ao Brasil. Convertido, o valor corresponde a cerca de R$ 5 bilhões. O contrato foi celebrado por ela e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião do FMI em Marrakech, no Marrocos.
A direção do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), banco do bloco formado por países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, já havia feito a oferta ao governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2020, durante a pandemia de Covid-19. O montante, no entanto, foi rejeitado.
No primeiro semestre deste ano, o empréstimo foi solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e recebeu o aval do Senado Federal. A tomada de recursos tem prazo de pagamento de 30 anos, com juros de 1,64% ao ano. A destinação dos valores deverá ser definida por Haddad.
O Brasil é o país-sócio do banco do Brics que menos acessou os recursos disponíveis. Em 2020, quando foi feita a proposta ao governo Bolsonaro, Rússia, Índia, China e África do Sul sacaram, cada um, a cota de US$ 1 bilhão para o enfrentamento do coronavírus.
Nesta quinta, Dilma e Haddad também assinam um outro empréstimo, no valor de R$ 435 milhões, com destino à Prefeitura de Aracaju. O governo é fiador do contrato, que deve viabilizar obras de saneamento, melhoria de vias públicas, prevenção de enchentes e mobilidade urbana na capital sergipana.
Folha de SP