O Brasil voltou a ter a maior taxa de juros reais do mundo nesta quarta-feira (1º), mesmo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciar um novo corte da taxa básica, de 0,50 ponto percentual (p.p.).
Segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram agora em 6,90%, no topo do ranking. Em seguida veio o México, com taxa real de 6,89%.
O juro real é formado pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.
Reprodução/G1
De acordo com o MoneYou, a volta do Brasil ao topo do ranking reflete a abertura das curvas de juros futuros (expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos), após falas recentes do governo sobre o cenário fiscal do país. (entenda mais abaixo)
As projeções mais baixas para a inflação completam o cenário e também ajudam a explicar a volta do Brasil ao 1º lugar.
A Argentina ficou na ponta oposta do ranking. Apesar de ter as taxas nominais mais altas da lista (133% ao ano), o país também enfrenta um quadro de hiperinflação, o que acaba derrubando as taxas reais.
Terceiro corte seguido de juros
Nesta quarta-feira (1º), o Copom anunciou um novo corte da taxa básica de juros, de 0,50 p.p.. Com a redução, a Selic ficou em 12,25% ao ano.
Esse foi o terceiro corte consecutivo da taxa básica por parte do colegiado, após a Selic ter se mantido em 13,75% ao ano durante cerca de um ano.
G1