A Bahia, estado governado pelo PT há 17 anos, tem enfrentado uma onda de violência policial, com uma média de uma morte por dia em confrontos entre criminosos e policiais militares.
De acordo com um levantamento realizado pela CNN Brasil, pelo menos 24 pessoas perderam suas vidas desde o início de novembro durante esses confrontos no estado.
A Polícia Militar da Bahia está realizando a 16ª edição da operação Força Total desde a manhã de ontem, 23, abrangendo todos os 417 municípios do estado. A operação tem como objetivo ampliar a segurança através de ações preventivas e ostensivas, contando com o máximo emprego da tropa, conforme informado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
Nos 15 eventos anteriores, a Polícia Militar retirou de circulação 314 armas de fogo, prendeu 499 criminosos em flagrante, conduziu 1.159 pessoas às delegacias e recuperou 258 veículos, segundo dados fornecidos pela SSP. No entanto, não foi divulgado o número de suspeitos mortos nas edições anteriores da operação.
Casos recentes
Na tarde desta quinta-feira, 23, um suspeito envolvido com o tráfico de drogas morreu durante um confronto com a PM no bairro Ceasa, em Salvador. De acordo com informações da polícia, os agentes estavam realizando uma ronda na região quando receberam informações sobre o possível paradeiro do traficante, que possuía um mandado de prisão em aberto.
Ao avistarem a viatura policial, homens armados dispararam contra os policiais. Alguns suspeitos conseguiram fugir, mas o alvo dos agentes acabou sendo atingido pelos disparos e faleceu no hospital para onde foi levado pelos militares. Vale ressaltar que o indivíduo estava utilizando uma tornozeleira eletrônica. Durante a ação, foi apreendido um revólver, um celular e porções de drogas.
Na mesma manhã, um homem perdeu a vida durante um confronto com a Polícia Militar em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Embora sua identidade não tenha sido revelada, ele é apontado pela polícia como suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas.
Onda da violência
Em 2022, a Bahia liderou o ranking nacional de mortes decorrentes de intervenção policial, registrando 1.464 homicídios, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A cidade de Salvador e sua região metropolitana foram responsáveis por mais de 70 dessas mortes somente em setembro de 2023, geralmente ocorrendo em bairros periféricos.
A polícia afirma que as vítimas eram predominantemente ligadas a facções criminosas ou suspeitas de crimes graves, e os confrontos envolveram trocas de tiros.
De acordo com dados divulgados pela Rede de Observatórios da Segurança, a Bahia foi o estado que registrou o maior número de mortes em ações de agentes de segurança desde 2015. Os dados confirmam o duplo padrão do PT de Lula, que ataca o governo de São Paulo em razão de operações policiais, mas governa há 17 anos o estado que mais mata no país.
A Bahia tem enfrentado uma onda de violência desde setembro. Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, apenas na cidade de Salvador e região metropolitana, mais de 70 mortes ocorreram durante ações policiais em setembro de 2023, geralmente em áreas periféricas.
Vale sempre relembrar a fala do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e ex-governador da Bahia, em setembro, ao ser questionado sobre a violência no estado.
Durante uma coletiva de imprensa, o jornalista diz: “Ministro, só a última pergunta, sobre a violência na Bahia. Subiu para 7 o número de mortos…”. Neste momento, ele é interrompido pelo ministro de Lula.
“Hoje é PAC”, responde o ministro. O repórter insiste: “Não, ministro, mas o senhor foi governador, ministro…”. Rui Costa se vira, dando as coisas, e diz: “Fui”.