Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas determinou a perda de cargo público e cassou a aposentadoria do investigador-chefe da Polícia Civil José Márcio Areda. O policial foi condenado por corrupção, após se envolver com a exploração de máquinas de caça-níqueis na região da Baixada Santista.
No julgamento, um homem condenado por realizar sequestros para o PCC depôs contra Areda, confirmando as denúncias que haviam sido feitas pelo Ministério Público de São Paulo.
Na Polícia Civil, Areda atuava na cidade de Santos, no litoral paulista, e era chefe dos investigadores do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-6). Ele foi condenado em 2015.
As suspeitas do MPSP, contudo, começaram ainda em 2008, quando o investigador e sua esposa, então com 22 anos, gastaram R$ 1,7 milhão na compra de um apartamento de luxo em Santos.
O salário de Areda na época era de R$ 2,5 mil, mesmo valor do condomínio do imóvel. O investigador acabou denunciado em 2008 por enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, antes de comprar o apartamento de luxo, Areda já havia gastado quase R$ 700 mil em outros imóveis, sempre usando a esposa, servidora da prefeitura de São Vicente, como “laranja”. Areda se aposentou da Polícia Civil em 2014 e, em 2015, foi condenado a 10 anos de reclusão e 1 ano de detenção por lavagem de dinheiro e crimes contra a administração.
Areda chegou a recorrer da decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A apelação foi negada em setembro de 2022. Com o fim do recurso, Tarcísio de Freitas determinou a perda de cargo público de Areda.
Metrópoles/Paulo Cappelli