Os servidores do Banco Central (BC) protestam, nesta quarta-feira, 1º, na sede da autarquia. Eles se rebelaram contra o que chamam de “descaso” do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
As manifestações acontecem em meio à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide a Selic, taxa básica de juros.
“Se o descaso por parte do governo continuar, o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de novembro pode vir a ser apresentado à categoria”, afirmou o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).
A categoria reivindica por bônus de produtividade e uma reestruturação da carreira dentro da autarquia. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores prestaram apoio à mobilização, depois de reuniões do Copom.
Há também uma insatisfação interna com a suposta assimetria dos honorários que compõem o salário dos servidores e dos procuradores (advogados).
Segundo o Sinal, a falta de perspectivas nas negociações pode fazer com que os servidores intensifiquem os protestos.
Greve passada do BC durou três meses, sem avançar nas negociações
Os funcionários do BC fizeram uma extensa greve no ano passado, que durou três meses e paralisou parte das operações da autarquia. Contudo, o protesto terminou sem avançar nas negociações.