Jaiver Milei, presidente eleito da Argentina, convidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua posse. Por trás do convite, a balança comercial entre as duas nações.
Os números mostram o pragmatismo econômico no convite. Em 2022 as trocas entre os dois países movimentaram US$ 28 bilhões. Para 2023, a cifra já está em US$ 25 bilhões, considerando o valor acumulado entre janeiro e outubro.
A economia argentina tem no Brasil a maior fonte de receita com exportações — e os argentinos estão na terceira posição entre os clientes brasileiros.
Argentina, Brasil e a indústria de transformação
De acordo com os dados oficiais, para os argentinos, os brasileiros são importantes compradores de automóveis — como carros e caminhões — trigo, produtos da indústria de petróleo, além de motores, outros componentes para veículos, etc. A soma das importações fechou em US$ 13 bilhões em 2022.
Ao mesmo tempo, a Argentina também importou carros do Brasil, peças para veículos, derivados de petróleo, além de minério de ferro e eletricidade, entre outros. A soma total fechou em US$ 15 bilhões.
Para as exportações da indústria brasileira de transformação, o mercado argentino é o terceiro destino mais importante. Responsável por US$ 14 bilhões em compras em 2022, ele perde apenas para China (US$ 20 bilhões) e Estados Unidos (US$ 29,5 bilhões).
Além disso, os dos países possuem as maiores economias e os mais extensos territórios da América do Sul. Essas condições fazem de Argentina e Brasil os mais importantes líderes da região.
Revista Oeste