Sam Altman concordou em voltar a liderar a OpenAI, segundo disse a empresa em uma postagem no X, poucos dias depois de sua surpreendente demissão do cargo de presidente-executivo e de uma reação dos funcionários que ameaçou minar o que tem sido a empresa líder na incipiente indústria de inteligência artificial.
“Chegamos a um acordo de princípio para Sam Altman retornar à OpenAI como CEO com um novo conselho inicial composto por Bret Taylor (presidente), Larry Summers e Adam D’Angelo”, dizia o post.
Em sua própria postagem no X, antigo Twitter, Altman escreveu que está “ansioso” para retornar à OpenAI e desenvolver a “forte parceria” da empresa com a Microsoft, que é o maior financiador da empresa desenvolvedora do ChatGPT.
O anúncio parece por fim a dias de caos para a indústria de IA, que incluíram negociações sobre quem deveria liderar a OpenAI e como a empresa deveria ser administrada, bem como discussões mais amplas sobre quão rápido a corrida armamentista para desenvolver a tecnologia de IA deveria estar se movendo.
Os detalhes da demissão e recontratação de Altman permanecem obscuros. No anúncio da demissão de Altman, a OpenAI afirmou que Altman não foi suficientemente “franco” com o conselho.
Essa linguagem ambígua fez o boato voar. Mas um fator-chave na sua demissão foi a presença de tensões entre Altman, que era a favor de impulsionar o desenvolvimento da IA de forma mais agressiva, e os membros do conselho original da OpenAI, que queriam agir com mais cautela, de acordo com Kara Swisher, colaboradora da CNN, que conversou com fontes bem informadas sobre a crise.
Na manhã de segunda-feira (20), Nadella anunciou que Altman – junto com o cofundador da OpenAI Greg Brockman, que deixou a startup na sexta-feira após a demissão de Altman – se juntaria à Microsoft para liderar uma nova divisão de pesquisa de IA.
A OpenAI disse que contratou o ex-chefe do Twitch, Emmett Shear, como CEO interino.
Mas então centenas de funcionários da OpenAI, quase todo o pessoal da empresa, ameaçaram sair, potencialmente para a Microsoft, se o conselho da empresa não renunciasse e restabelecesse Altman como CEO.
CNN Brasil