O PCO investiu R$ 1 milhão para pagar pelos serviços de militantes do partido que manifestam apoio às ações do grupo terrorista Hamas. A prestação de contas é referente a 2022, já que a sigla não apresentou o balanço financeiro deste ano ao TSE.
A legenda recebeu R$ 3.102 milhões de fundo eleitoral e, com doações de militantes, arrecadou R$ 3.180 milhões no ano passado.
O partido de extrema-esquerda gastou R$ 555 mil em materiais impressos na empresa J.C.O. Gráfica e Editora Ltda, que tem uma dirigente do PCO como sócia-administradora. Lísia Sakai, candidata a deputada federal pela sigla em 2022, gravou um vídeo, no último dia 10 em, que declara apoio à “luta armada de Hamas contra o estado genocida de Israel”.
Outros R$ 205 mil foram gastos pelo PCO com materiais audiovisuais produzidos por Francisco Weiss Muniz. Ele se identifica no X (o antigo Twitter) como militante do partido. Muniz usa o perfil para compartilhar postagens em que atribui os ataques terroristas contra civis israelenses, ocorridos no dia 7 de outubro, ao Exército de Israel. Também retuitou elogios ao Hamas.
Juliano Vital Brazil Simonard, outro militante do PCO, ganhou R$ 136 mil para prestar serviços técnico-profissionais. Simonard usa o seu perfil no X para compartilhar imagens e textos em apoio ao Hamas. Entre as postagens estão críticas aos partidos de esquerda que condenaram os ataques do Hamas contra civis israelenses.
João Vitor Dauzaker de Souza também é militante do PCO e recebeu R$ 126 mil para prestar serviços técnico-profissionais. Ele compartilha postagens que classificam as ações do Hamas como autodefesa. Na publicação mais recente, Souza republicou uma fotografia com legenda crítica à esquerda. “A esquerda que não defende o Hamas precisa nos explicar como que os palestinos vão enfrentar Israel. Com flores e nota de repúdio?”.
O PCO tem organizado atos em São Paulo em apoio à atuação do Hamas na guerra contra Israel. O presidente do partido, Rui Costa Pimenta, já disse publicamente que concorda “1000%” com o Hamas.
Metrópoles