O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira, 3, que os recursos previstos para investimentos em obras tocadas pelos ministérios sejam integralmente aplicados, e não guardados no Tesouro Nacional. A afirmação, feita durante abertura de uma reunião com os ministros, no Palácio do Planalto, ocorre em meio à discussão em torno da revisão da meta fiscal. “A gente não pode deixar sobrar dinheiro que está previsto ser investido nos ministérios. A gente precisa colocar, transformar”, disse o presidente.
Em sua fala, Lula fez referência ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defensor de zerar a meta fiscal, afirmando que ele estava ali para garantir que os recursos fossem aplicados com qualidade. “Eu sempre digo que, para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro no Tesouro. Para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras”, disse. Na semana passada, durante coletiva a jornalistas, Lula disse que a meta fiscal não precisaria ser zero em 2024.
O presidente afirmou ainda que assumiu o governo para “tirar o país da letargia” e disse que assinou nesta quinta-feira a lei definitiva para início de 11 mil obras. O objetivo, segundo ele, é chegar a 2 milhões de empregos gerados até o final do ano. O presidente ressalvou que os ministros não precisam inventar novos projetos, e que devem executar o que está planejado. “Ninguém precisa inventar nada novo neste país. Está tudo determinado. A gente vai fazer essas obras. A gente tem até 2026 para que a gente execute parte dessas obras”, afirmou.
Participaram ao menos 11 ministros do encontro. Lula disse que pretende fazer outras três reuniões específicas com ministros das áreas de infraestrutura, serviços, social , antes do balanço de final de ano. Lula pretende rodar o país no ano que vem para “conversar com o povo bom” e participar de inaugurações, principalmente de obras nas áreas de infraestrutura, saúde e educação. Em 2024 haverá eleições para prefeitos, vice e vereadores, e Lula quer ser o principal cabo eleitoral.
Créditos: VEJA.