A Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai apurar possíveis violações de direitos humanos no caso da morte de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão.
Ele estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda, por ser suspeito de ter participado da invasão dos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro último.
O pedido da diligência para a apuração foi feito pelo presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti.
Ato em protesto
A prisão em flagrante, ocorrida no dia seguinte à invasão, mais tarde foi convertida para preventiva. Ele permaneceu desde então detido no complexo.
Na segunda-feira, por volta das 10 horas, Clezão sofreu um “mal súbito” no bloco de recolhimento da desta penitenciária, segundo um ofício da Vara de Execuções Penais (VEP).
“Conforme divulgado na imprensa, o fato suscita questionamentos sobre possíveis irregularidades e violações aos direitos humanos das pessoas detidas”, informou Simonetti no ofício enviado à Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.
Dois advogados de detidos do 8 de janeiro divulgaram que vai haver, nesta quarta-feira 22, um ato em protesto pela morte de Clezão.
Um deles, Ezequiel Silveira anunciou que o protesto vai cobrar “justiça por Cleriston”.
Silveira informou que o início da manifestação está programado para as 14 horas. O advogado convida amigos e familiares de Clezão para o evento. Ele afirmou que alguns parlamentares já confirmaram presença.
Natural do distrito do Ramalho, na Bahia, Clezão morava no Distrito Federal havia mais de 20 anos. Ele era irmão do vereador de Feira da Mata, na Bahia, Cristiano Pereira da Cunha, conhecido como Cristiano do Ramalho.
Revista Oeste