O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, começou a formar sua equipe um dia depois de ganhar as eleições. Ele evitou anunciar quem será o seu ministro da Economia, dizendo que o atual governo iria “sabotá-lo” antes que ele assumisse o cargo.
O Ministério da Economia será a principal pasta do governo argentino no ano que vem, considerando a crise econômica no país e os 143% de inflação anual.
Como consequência das políticas atuais, a inflação argentina pode atingir os 300% no ano que vem, segundo Domingo Cavallo, ex-ministro que comandou a economia do país entre 1991 e 1996.
A proposta de Milei para resolver o problema é dolarizar a economia argentina. Em entrevista a rádios locais na manhã desta segunda-feira, 20, Milei confirmou que vai privatizar “tudo o que possa estar nas mãos do setor privado”.
Milei vai viajar para Israel e Estados Unidos antes da posse
O presidente eleito da Argentina também disse que irá fechar o Banco Central e que vai diminuir os atuais 18 ministérios para oito, dando fim a pastas como a de Cultura, Mulheres e Tecnologia.
Um dos ministérios que Milei vai manter é o da Justiça, que será comandado pelo advogado Mariano Cúneo Libarona, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.
Libarona e Milei se conheceram há dez anos, quando trabalharam juntos no conglomerado América. O futuro ministro da Justiça chefia um dos escritórios mais conhecidos de Buenos Aires nos dias atuais.
Carolina Píparo ficará com a Administração Nacional da Segurança Social (Anses), um dos cargos mais importantes, que controla aposentadorias e pensões. O Anses já foi ocupado por Sergio Massa, candidato presidencial derrotado por Milei e atual ministro da Economia na Argentina, entre 2002 e 2007.
Emilio Ocampo, economista e autor do livro “Dolarização”, deve assumir o Banco Central da Argentina para pôr em prática o plano de Milei de fechá-lo. A economista Diana Mondino está sendo cotada para assumir o Ministério das Relações Exteriores.
A posse de Javier Milei será em 10 de dezembro, e ele disse que vai visitar os Estados Unidos e Israel antes da cerimônia. Durante a campanha, Milei divulgou os dois países como “mundo livre”.
Revista Oeste