As últimas projeções do Prisma Fiscal mostram que o mercado elevou suas expectativas para o déficit primário do Brasil para este ano e para 2024.
O déficit primário se refere ao resultado negativo, obtido do resultado primário, que calcula todas receitas e despesas do governo — sem contar o pagamento de juros.
Esse ajuste nas projeções reflete uma mudança significativa na visão do mercado sobre a saúde fiscal do país.
Para este ano, a mediana das estimativas para o déficit aumentou, passando de R$ 110,1 bilhões em outubro para R$ 113,5 bilhões em novembro.
O aumento nas projeções sugere uma preocupação crescente com o equilíbrio das contas públicas.
Para o ano que vem, a situação segue uma tendência similar. As projeções para o déficit primário foram ajustadas de R$ 84,3 bilhões para R$ 90,2 bilhões.
A revisão para cima reforça a possibilidade de o governo continuar a enfrentar desafios fiscais no médio prazo.
Além disso, em relação à dívida bruta do governo geral, as projeções do mercado também sofreram alterações.
Para o fim deste ano, a expectativa caiu de 76% para 75,81% do PIB. Para 2024, a estimativa também foi revista, passando de 79% para 78,8% do PIB.
Estas estimativas foram coletadas entre 7 de outubro e 8 de novembro, pelo Ministério da Fazenda.
Os ajustes nas projeções do mercado são indicativos das expectativas em relação ao desempenho econômico do país e podem influenciar decisões de política econômica no futuro.