O ministro da Economia, o peronista de centro Sergio Massa, e o ultraliberal Javier Milei encerraram nesta quinta-feira (16) suas campanhas em um ambiente tenso na Argentina, antes do segundo turno presidencial, no domingo (19), que se prevê acirrado e onde cada voto conta.
Massa, um advogado de 51 anos, prometeu a um grupo de empresários “um país e um governo que defendam sua indústria”, antes de visitar uma escola secundária nesta quinta, onde foi ovacionado pelos estudantes.
Apesar de suas promessas de incorporar todos os partidos em um governo de unidade nacional, caso vença, Massa luta para parecer crível sendo o ministro da Economia sob cuja gestão a inflação atingiu 143% ao ano e a pobreza assola mais de 40% da população.
Milei, um economista de 53 anos, que propõe dolarizar a economia e reduzir significativamente os gastos públicos, participou de uma carreata na cidade de Córdoba (norte), bastião do anti-kirchnerismo.
Ramiro Marra, líder do A Liberdade Avança, o partido de Milei, disse à AFP que o evento encerrará uma “campanha histórica” e convocou todos os argentinos a votar, “para que a democracia continue perdurando ao longo do tempo”.
A última semana foi marcada por acusações de fraude, que a campanha de Milei denuncia antecipadamente, algo inédito nos 40 anos de democracia argentina.
As pesquisas indicam um cenário de empate técnico. A partir desta sexta-feira, qualquer ato de campanha estará proibido.
R7