Candidato disputa segundo turno das eleições à Presidência na Argentina com Sergio Massa no próximo domingo (19)
Uma semana antes do segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, oito ex-presidentes de países da América Latina e o escritor ganhador do Nobel Mario Vargas Llosa assinaram um manifesto em apoio ao candidato ultraliberal Javier Milei.
Milei disputa o pleito com o peronista Sergio Massa, atual ministro da Economia, no próximo domingo, 19 de novembro.
Em publicação nas redes sociais, a chapa liderada por Milei, A Liberdade Avança, agradeceu o apoio e divulgou a carta. Assinaram o comunicado os colombianos Iván Duque e Andrés Pastrana; os mexicanos Felipe Calderón e Vicente Fox; o boliviano Jorge Quiroga; o porto-riquenho Luis Fortuño; e o chileno Sebastián Piñera.
Ainda estão entre os signatários Mauricio Macri, presidente da Argentina entre 2015 e 2019 que já havia declarado apoio a Milei antes; e Mariano Rajoy, primeiro-ministro da Espanha entre 2011 e 2018.
No texto, eles afirmam que um eventual novo governo peronista representaria a continuidade de “um modelo econômico corporativo fracassado”. Segundo eles, seu plano “nada mais é que o projeto original de Néstor e Cristina Kirchner: alcançar a hegemonia política à custa do orçamento e da punição da oposição”.
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Ainda no comunicado, os líderes dizem que têm “muitas diferenças” com Milei, mas que ele crê nos ideais de liberdade e “tem um diagnóstico muito correto sobre o problema da economia do país”.
“Os signatários abaixo consideram que um novo mandato kirchnerista sepultaria os frágeis anticorpos que a Argentina ainda tem”, concluem.
Milei tem aparecido na frente, com leve diferença, na maioria das pesquisas eleitorais para o segundo turno. A segunda e última sondagem de segundo turno da AtlasIntel, divulgada na sexta (10), mostra 52,1% das intenções de voto para Milei e 47,9% para Massa, com margem de erro de um ponto percentual para mais ou para menos.
O ultraliberal atrai a maior parte dos votos de Patricia Bullrich, macrista que representa a direita tradicional e passou a apoiar o ex-adversário no segundo turno, após perder o primeiro com 23,8% dos votos.