A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem tentado melhorar a imagem da instituição diante da opinião pública. Estratégias vêm sendo traçadas pela PRF durante todo o ano de 2023, com a intenção de mostrar que episódios, como o da prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, foram isolados.
A ideia é passar a imagem de uma corporação de Estado em que o passado mais político não será repetido, a estratégia foi criada junto com especialistas em gerenciamento de crise.
As ações começaram com a troca de todos os diretores do órgão e os 27 superintendentes da Polícia Rodoviária que estavam no comando da instituição durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além disso, segundo a assessoria de imprensa da PRF, partiu da instituição o acionamento, junto a Controladoria-Geral da União (CGU), que culminou na exoneração do então corregedor-geral, Wendel Benevides Matos. A decisão foi baseada em uma suspeita de parcialidade na conduta de processos internos.
Matos foi nomeado corregedor em novembro de 2021 pelo então diretor-geral Silvinei Vasques, que hoje está preso. Vasques é acusado de ter usado o cargo para organizar bloqueios ilegais em rodovias federais no segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, com o intuito de favorecer Bolsonaro.
Nova matriz de formação
A PRF também se viu obrigada a mudar a grade de formação dos novos policiais. Isso em especial depois que três deles foram acusados de matar Genivaldo de Jesus Santos por asfixia dentro de uma viatura da corporação, em maio de 2022. Agora, a instituição conta com uma Coordenação-Geral de Direitos Humanos e a disciplina também foi incluída nos cursos anuais de atualização policial dos antigos agentes.
No entanto, apesar das estratégias, internamente, a análise da corporação é que a imagem ainda demorará para ser melhorada diante da sociedade, mas que era preciso dar os primeiros passos. Por outro lado, fontes da PRF analisam que a relação com o atual governo está melhor e que já há diálogo entre os superintendentes e o Palácio do Planalto.
Créditos: CNN.