A Justiça Militar negou o pedido do Exército para prender preventivamente seis militares investigados por suspeita de furtarem 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra, em Barueri, na Grande São Paulo. O inquérito corre sob sigilo.
A CNN apurou que o Ministério Público Militar (MPM) também foi contrário à decretação das prisões por entender que os indícios contra os militares não eram suficientes para a determinação da medida cautelar.
A Procuradoria Militar apura também se houve irregularidades durante o “aquartelamento” da tropa após a descoberta do desvio das armas, em 10 de outubro. Militares foram impedidos de sair do quartel até 24 de outubro.
A medida é prevista pelo Exército em casos excepcionais, mas o Ministério Público investiga se ela foi aplicada de forma legal no caso.O crime ocorreu em meados de setembro. Desde então, 19 armas já foram recuperadas. Outras duas ainda são procuradas.
Duas metralhadoras foram encontradas no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, na madrugada de quarta-feira (1º). A apreensão foi realizada pela Polícia Civil do Rio, com o apoio do setor de inteligência do Exército.
A expectativa dos investigadores é a de que o inquérito militar que investiga o caso seja concluído até dezembro, com o indiciamento dos suspeitos por furto, peculato, receptação e extravio.
Dos 19 militares punidos com prisão disciplinar por omissão ou negligência no caso do furto das metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, apenas cinco continuam presos.Um terço dos militares punidos receberam penas de um a cinco dias.
Já as pessoas com mais responsabilidade receberam punições de dez a 20 dias. As penas começaram a ser cumpridas na quarta-feira (25).mEntre os punidos estão oficiais superiores, capitães, tenentes e subtenente que tinham responsabilidade na gerência, fiscalização e controle do armamento.
Segundo a CNN apurou, os militares punidos administrativamente ainda podem receber outras sanções. Os temporários, como soldados, cabos e terceiros sargentos, podem não ter os contratos renovados. Já oficiais devem passar por conselhos de justificação e de disciplina, cujos processos podem acarretar em expulsão do Exército.
Em nota, o Exército afirmou que “considera o episódio inaceitável e seguirá realizando todos os esforços necessários para recuperação de todo o armamento no mais curto prazo e a responsabilização de todos os autores.”
CNN Brasil