Quem aí não se recorda do icônico meme em que Anitta, hoje consagrada como um dos maiores nomes do funk brasileiro, anunciava, entusiasmada, que estava trabalhando como “repórter por um dia” no Rei do Bacalhau? Pois bem, novamente, o local ocupa as páginas dos jornais, infelizmente, não por causa de seu aperitivo mais clássico. Mas sim porque uma outra celebridade guarda um passado, digamos que curioso, com o restaurante.
A coluna de Fábia Oliveira/Metrópoles descobriu um processo de 2019 em que um dos réus é ninguém menos que Carlinhos Maia. O milionário humorista foi processado junto de outras duas empresas em uma “ação por danos morais e materiais”.
Segundo os autos do processo, que tivemos acesso com exclusividade, todo o imbróglio começou quando Francisco Eliomar, autor da ação, comprou um ingresso para o show de Carlinhos Maia que aconteceria no Rei do Bacalhau. O evento seria no dia 26 de abril de 2019, e o valor pago no ingresso foi de R$ 110.
No determinado dia, Francisco foi até o local do show e, então, os problemas começaram. Primeiramente, segundo ele, anunciaram que Carlinhos Maia se atrasaria por cerca de 40 minutos por causa de um problema com um voo. No entanto, a plateia teria sido tranquilizada pela equipe do Rei do Bacalhau, que informou que: “O show vai acontecer”, disseram.
Acontece que, passados mais 20 minutos de atraso, o anúncio de que Carlinhos não iria mais realizar o show foi feito. A apresentação, então, seria reagendada, mas não havia previsão de nova data. Segundo o autor da ação, foi avisado que aqueles que queriam o estorno do valor do ingresso tinham a possibilidade de fazê-lo, mas que não aconteceria no mesmo dia.
Para piorar, ainda de acordo com o que o autor narrou no processo, logo depois do anúncio, as pessoas começaram a ser expulsas da casa pelos colaboradores.
Quando o processo foi movido por Francisco, o valor do ingresso ainda não havia sido estornado. Irritado, ele procurou a Justiça para fazer valer os direitos consagrados no Código de Defesa do Consumidor. No final das contas, ele pediu os seus R$ 110 gastos na entrada, somados de uma indenização de 22 salários-mínimos. O valor da causa ficou em R$ 22.480.
Uma das empresas apresentou sua defesa no caso e disse não ter responsabilidade pelo caso. Disse, ainda, que o Francisco teria certa culpa, visto que não teria buscado o ressarcimento do ingresso em momento algum, diferente do que ele mesmo afirmou.
Empresas, rés ao lado de Carlinhos Maia, se defenderam
A outra empresa, por sua vez, também desmentiu o autor, alegando que o público recebeu a informação do cancelamento de forma serena e tranquila, e que, inclusive, um vídeo acostado ao processo demonstraria isso. Endossando o discurso da empresa parceira, afirmou que Francisco não fez a solicitação de revalidação ou reembolso do ingresso.
Mas onde entra Carlinhos Maia em toda essa história e o embate de narrativas? Aí está a questão: ele não entrou até agora. Sim! O artista chegou a fazer uma postagem em seu Instagram, na época, agradecendo ao público, compartilhando um vídeo em que algumas pessoas demonstravam carinho e compreensão, mesmo diante de sua ausência. Ele chegou a postar um número de contato para quem quisesse seu dinheiro de volta.
Mas, embora nas redes sociais o humorista tenha demonstrado total solidariedade com os fãs desapontados, até hoje, Carlinhos Maia não se defendeu no processo. Isso porque, ao que parece, encontra-lo é uma missão impossível, e não estamos falando aqui de mais um filme da franquia de Tom Cruise.
Em outubro deste ano, quatro anos após o fato, o Francisco Eliomar segue movendo o processo e disparando sua metralhadora com endereços em uma busca incessante pelo artista.
Talvez, no meio disso tudo, a Casa da Barra, onde ocorre o reality de Carlinhos Maia, possa ser a grande saída do autor para resolver esse imbróglio todo. A coluna Fábia Oliveira seguirá acompanhando este caso.
Metrópoles