Depois de um pequeno foco entre torcedores das duas seleções, houve muita briga entre policiais e argentinos. Assentos foram arrancados e arremessados nas arquibancadas. A polícia inicialmente demorou a agir, mas depois entrou com violência.
Depois de alguns minutos, os jogadores em campo perceberam o problema. Os argentinos, que se preparavam para a foto oficial, saíram em disparada em direção às arquibancadas para tentar intervir na confusão, assim como Marquinhos, capitão da Seleção.
IMAGENS FORTES: torcedores de Brasil e Argentina promovem pancadaria na arquibancada do Maracanã pic.twitter.com/KHNExEAMdC
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) November 22, 2023
Para fugir da ação policial, os torcedores argentinos se movimentaram para o lado esquerdo e causaram pânico em outra parte da torcida brasileira, que inicialmente não estava envolvida no problema e ficou esmagada.
O pânico fez com que alguns torcedores brasileiros saltassem o muro e entrassem no campo. Às 21h37, os jogadores argentinos decidiram ir para o vestiário. Os atletas pediram 15 minutos para a situação se acalmar nas arquibancadas e voltaram ao campo exatamente às 21h52.
Durante a paralisação, o presidente da Associação de Futebol da Argentina, Chiqui Tapia, conversou com o árbitro chileno Piero Maza. No retorno ao gramado, Messi e De Paul discutiram com Rodrygo. O jogo começou às 21h57, com 27 minutos de atraso.
No setor Sul, onde houve a confusão, havia muitas crianças, que se desesperaram, muitas delas chorando. Alguns torcedores deixaram o estádio imediatamente. Ao fim da confusão, oito pessoas foram presas, e duas precisaram de atendimento no posto médico do Maracanã.
Com a bola rolando, policiais fizeram uma barreira humana no setor Sul para separar as duas torcidas.
O comandante do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádio, coronel Vagner Ferreira, culpou a organização da partida pela ausência de separação entre as torcidas. Ele acredita que a polícia agiu de forma correta.
– A toda ação corresponde uma reação. Existe um histórico de torcidas que têm um enfrentamento maior com os órgãos de segurança. Inicialmente, se utilizou da verbalização. Posteriormente, a gente teve que utilizar o bastão. Não houve uso de material não letal, como balas de borracha. Não houve utilização de gás, a gente foi bem técnico – disse o coronel ao sportv.
Racismo
Alguns torcedores argentinos foram detidos e levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim). Pelo menos sete deles fizeram um acordo com o Ministério Público chamado “transação penal”, em que pagam uma multa (neste caso, de R$ 200) para não serem denunciados.
Uma torcedora argentina foi detida acusada de insultar de maneira racista uma funcionária do estádio do Maracanã. Até as 2h20 da madrugada de quarta-feira, o caso dela ainda não tinha desfecho.
GE